O ponto de encontro foi feito com o Mané às 9:30 a 521 metros de altitude. Para um pequeno passeio calmo e relaxado, para ir à procura de um bocadinho de neve, começámos em Valhelhas.
O passeio começou a subir e a subir, pela Serra da Cabeça Alta rumo à Mata do Fragusto. À nossa frente avistávamos o pequeno manto branco que a neve foi pintando durante a ultima semana. Era para lá o nosso destino de hoje...
Passámos o Fragusto e na subida para a Azinha, apanhamos dois amigos da cidade mais alta o Pedro Quelhas e o Nuno. Tinha ido virar à Azinha antes do almoço e já os apanhámos no regresso.
E para variar um bocadinho dos habituais percursos, não fomos à Azinha, não contornamos o Cerro do Gato e a Serra de Bois a Norte e tomámos então o caminho que acompanha a Ribeira do Quêcere até ao Gorgulão, normalmente usado por nós no primeiro dia da Rota Azul.
Faltou-nos um pormenor. Nesta altura do ano, pode ser um pouco mais difícil atravessar a ribeira.
Mas não há nada melhor, que numa linha de agua destas, colocar (bem colocada) uma pequena pedra no caminho. Assim, já não foi necessário descalçar e molhar o pezinho.
Continuando, fomos saindo da zona mais sombria. Mesmo assim o gelo aparecia no caminho a toda a hora.
Alem do gelo e das ribeiras, também os caminhos acumulam alguma água, mas nada que cause algum transtorno.
E no Gorgulão fizemos a nossa primeira paragem. Este local bonito, possui uma das muitas casas florestais do país. Casas estas ao abandono e a degradarem-se ano após ano. Nesta já eu não passava há alguns 4 ou 5 anos seguramente, isto porque não tenho conseguido alinhar na Rota Azul. A verdade é que já a vi com muito, mas muito melhor aspecto.
Deixámos a desolação deste bonito local e tomámos novamente o caminho que que vem do Fragusto e da Azinha.
Descemos à Portela do Sameiro e pela encosta a Norte do Corredor de Mouros, fomos pedalando pelo caminho mais que pesado, na direcção da Cruz das Jogadas.
De Verão esta parte plana e ligeiramente a descer faz-se num instante e sem grande esforço. Hoje estava difícil...
Engane-se quem pense que num dia como o de hoje (domingo, sol e neve na serra) os engarrafamentos se resumem às imediações da torre. Também aqui no vale do Rio Mondego os engarrafamentos são bem visíveis. Se num lado os engarrafamentos são feitos por borregos, do outro lado são feitos por ovelhas e cabras. Bem mais bonitos estes últimos que vemos aqui....
Passámos a Cruz das Jogadas e continuámos a subir até à Pousada de São Lourenço. Estávamos com vinte e poucos quilómetros e ainda não tínhamos feito outra coisa senão subir. A fome já apertava bem por esta altura.
Nas Penhas Douradas começámos a apanhar alguma neve, além da paisagem.
Também na estrada ela era bem evidente. O mais incrível que fomos vendo por aqui foi mesmo a condução da maioria dos automobilistas que passam por aqui como se fosse Verão, isto é, nitidamente sem tomar algum tipo de cautela na condução por uma estrada com neve e algum gelo. Enfim.....
E lá chegámos nós à nascente do Rio Mondego. Tantas vezes aqui vimos. Já por aqui tínhamos passado de Inverno, com chuva, neve, etc. mas ainda não havia uma foto com uma moldura destas. Impecável!!!
Mais à frente já estavam a sair duas sandes mistas e..... dois "tintos americanos" como alguém lhe chamou. Para terminar, rematámos com duas fatias de bolo negro e dois cafezinhos da serra.
Desejamos um Feliz 2014 a este simpático e amigo casal a dona Judite e o sr Roberto e seguimos a nossa viagem. O objectivo principal estava atingido e de barriga cheia. Faltava agora habituar novamente o corpo ao frio em vez do calor da salamandra e gozar a descida até Manteigas.
Entrámos no caminho para o observatório e estava neste estado. Alguma neve e bem calcada, fruto da passagem de alguns jipes, o que transformou a estrada num autentico tapete de gelo.
Junto ao observatório, com o aparecimento do sol, parámos novamente para aquecer.
O próximo destino era a calçada para Manteigas.
Manteigas estava à vista de um dos lados que mais beneficiam a sua vista panorâmica.
Felizmente nesta zona, apesar da agua e do tempo húmido, as pedras da calçada estavam praticamente secas, o que veio simplificar a descida.
Ao chegar a Manteigas, descemos ao Zêzere. Mas ainda nos cruzámos com um borrego na estrada. Mas não voltou para trás.....
Na margem direita do Rio Zêzere, fomos serpenteando o rio e descendo na direcção do Sameiro.
Depois do Sameiro, seguimos pelo carreiro que nos leva para o recinto do SkiParque e aqui apanhámos o asfalto até Valhelhas novamente. Poderíamos ter tomado outra opção, mas o corpo já pedia algum conforto, visto que as voltas deste ultimo mês foram poucas.
Plásticos...... um rio praticamente bebé e tem isto por toda a parte....
E em Valhelhas bebemos o ultimo tinto, antes de regressarmos a casa. Voltinha boa, para desenferrujar as pernas e queimar algumas calorias ganhas nesta época festiva.
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