Chegou o calor!
O tempo de ficar com marcas do jersey nos braços....
O tempo de ficar com marcas nas pernas em tons de vermelho "camarão"...
Sábado foi dia de partir de Viseu rumo à Guarda. Pela frente tínhamos quase 110 Kms e umas subidas jeitosas pela frente.
Eu eu o Mané, saímos de Viseu mesmo à queima com o resto dos cerca de 60 participantes. A parte que iríamos apanhar de serra eu ia gostar de certeza, o resto do percurso para mim era uma incógnita. Pensava que poderíamos apanhar zonas demasiado urbanas dada a proximidade de várias localidades, mas estava enganado.
Por entre quintas e uns caminhos rurais que deram origem a uns singletracks engraçados, descemos até às Termas de Alcafache, onde logo a seguir apanhamos a primeira parede do dia. Curta, mas boa!
Por aqui apanhamos malta conhecida, nada mais nada menos que a dupla Cordeiro/Silva. Amigos da Cova da Beira, amigos de pedaladas de outros horários mais tardios.
Como todos os desafios, existe sempre algo de que não estamos à espera. Neste caso logo a seguir a Contenças de Cima o caminho tinha sido rasgado por uma vala, uma autentica trincheira. Juntamente com mais dois companheiros lá tratámos de descer para o buraco, passar as bicicletas e seguir viagem.
Aos poucos íamos reconhecendo alguns caminhos, conhecidos da actividade do ano passado que fizemos em BTT do Mondeguinho até à Figueira da Foz.
Fomos pedalando nas calmas, desfrutando dos trilhos, das paisagens e do dia excelente para pedalar que foi sem duvida o marco para o inicio da primavera a sério.
Chegados a Arcozelo já estava o Rui Sousa à nossa espera junto ao Restaurante Ponte dos Cavaleiros. De bicicleta entrámos....
Seguiu-se mais uma serie de caminhos entre muros, alguns sobre rochas, todos bem divertidos.
Chegámos à estrada da beira, atravessámos a nacional e subimos um pouco até Nabainhos. E em Nabainhos começava sim, a subida do dia.
De Nabainhos, fomos a Melo e de Melo a Folgosinho. Subida dura esta, mas bem fixe, bem porreira. "Gosto disto".
Mas não posso gostar é de entrar no Parque Natural da Serra da Estrela e em vez de ter cuidado com o gado ou com algum javali ter de ter cuidado com camiões. É a famosa estrada verde "às riscas", o tal alcatrão que vai mostrar o "turista" o quanto a nossa serra é bonita. Nesta parte aqui..... já deixa um pouco a desejar!!!
Fugindo deste transito em plena Serra da Estrela, fomos até Folgosinho onde encontrámos o Cordeiro e o Miguel.
O dia já ia longo e a fome já apertava. Estava difícil, mas lá encontrámos onde comer uma sandes. Aqui não há casa que não seja "Albertino". É o restaurante, é o supermercado, é o bar, etc.... como não podia deixar de ser "meio povo" andava de bata ou avental a dizer "Albertino". Mas no meio de tantos Albertinos lá encontrámos o Abertino das sandes. Fomos lá aviar uma de leitão. Até tivemos direito a musica....
Mas a musica daqui para a frente era outra....
Saímos do Albertino Bar, passamos no Albertino Supermercado, atravessamos o largo do Albertino Restaurante e fomos à fonte.
Descemos rumo ao viveiro e aí estava à nossa espera a outra parte desta subida. Ainda pensei que nos calhasse algumas pedras de calçada, mas tivemos "sorte".
Lá fomos subindo e as vistas cada vez mais 5 estrelas. Folgosinho cada vez mais aos nossos pés e com a subida a acabar estamos quase a mudar de vistas.
Deixávamos de ver Viseu e arredores para passar a ver a cidade mais alta mesmo ali ao lado. Subimos à Cabeça Alta e pelo caminho da Penha de Prados descemos à estrada de Videmonte. Seguia-se uma descida longa, a rainha. Não me lembro de descer isto alguma vez. O Mané recordava-se de uma vez que até íamos juntos, mas de tantas vezes a subir, não me recordo de a decorar no sentido contrário.
Depois da Mizarela, passámos o Mondego e agora sim, calçada romana par Pêro Soares.
A subida continuaria pela Barragem do Caldeirão....
... pelo Cubo e pelo Barrocal.
A bonita cidade da Guarda estava mesmo ali ao nosso lado.
Ainda há quem aprecie o que de bom há por aqui.
Depois do Barrocal, terminámos a volta no Hotel Lusitânia.
À chegada a Helena ou o Rui (o dream team FisioMassagem) fizeram questão de registar o nosso momento da chegada.
O dia seguinte iríamos começar novamente no Lusitânia, o regresso a Viseu por outros caminhos.
Domingo o azar bateu à porta do Mané. Por um caminho espectacular (que desconhecia) e que desce para o Sobral da Serra, o Mané ficou sem um dos travões. Cedo fiquei sem a companhia dele. Ainda tentou continuar, mas dadas as características do percurso, o gozo era nulo e decidiu voltar para a Guarda por alcatrão.
A passagem por Celorico da Beira foi por uma zona bastante agradável. Daqui para a frente mantive um ritmo certo e sem grandes paragens.
Reconheci novamente alguns dos caminhos que fizeram parte da travessia do Mondego em BTT do ano passado. Em Ponte Nova deu para perceber porque é que por vezes algumas pontes e alguns passadiços vão rio abaixo.
A viagem seguia-se sem grandes contratempos. A subida mais dura deverá ter sido aquela nos levava às Chãs de Tavares e provavelmente a ultima de alcatrão na chegada a Viseu.
A ultima paragem foi na Barragem de Fagilde, onde estava um controlo e onde voltávamos a subir.
Foi um fim de semana à maneira, cheio de Kms. Só tive pena de não ter a companhia do Mané no segundo dia, mas está visto que este tipo de desafios trazem um gosto diferente ao "pedal".
E o ATLETA do fim de semana foi sem duvida o Alexandre Guilhoto!! Após a paragem para curar ossos partidos, longe da que acredito ser a melhor forma venceu o duro primeiro dia e fez segundo lugar no domingo, o que fez dele o vencedor deste excelente desafio.
E o ATLETA do fim de semana foi sem duvida o Alexandre Guilhoto!! Após a paragem para curar ossos partidos, longe da que acredito ser a melhor forma venceu o duro primeiro dia e fez segundo lugar no domingo, o que fez dele o vencedor deste excelente desafio.
Dia 1: Viseu - Guarda
Dia 2: Guarda - Viseu
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