sábado, março 24, 2012

Mais um sabado pela Serra


Graças ao Clube de Montanhismo da Guarda (que comemora 31 anos neste fim de semana), fiz ao longo destes anos muitas amizades, bons amigos, companheiros que podemos contar para tudo. Esta família que é o  CMG  proporcionou e continua a proporcionar dias, fins de semana, semanas de actividades em montanha que primam pelo VIVER a Natureza (principalmente a Serra da Estrela) da melhor forma, desfrutando do meio, dos amigos em actividades sempre em sintonia com o meio ambiente.

Sábado em preparação de mais uma actividade eu e o meu amigo Coelho (o azul), fomos a uma volta (relaxada) numa espécie de reconhecimento. Digo o azul, pois há muitos anos fiz no clube duas grandes amizades, dois irmãos Coelho. Um azul outro vermelho. Um que voa sem motor outro que só voa com motor.

A zona do passeio é mais que habitual, mas há sempre coisas novas que se podem fazer....



Seria mais que normal, sair da Guarda de bicicleta e chegar de bicicleta, mas dado que o Coelho já tinha Kms a mais nesta semana e para também não nos atrasarmos para o jantar de aniversário do clube, decidimos começar na Cruz das Jogadas.

Começamos a subir para a Pousada de São Lourenço e fomos logo picar o ponto ao Ti Branquinho, pois começámos tarde e estava na hora da bucha. Bem mais seco que da ultima vez, abancámos na rua e merendamos o habitual...


Passamos na nascente (oficial) do Rio Mondego e entrámos em terra (pedra) batida pelo meio do arvoredo.



O que acaba por ser muito triste é ver PNSE com tanta imposição, restrição com quem gosta da serra, há restrições para andar a pé, há restrições para andar de bicicleta, há restrições para escalar..... mas por outro lado temos um vasto património ao abandono, um completo desleixo que ninguém põe fim.  São os barracos na torre, é o amontoado de ferros das pseudo-estância de ski e são as dezenas de casas dos extintos guardas florestais como esta da fotografia. Que mau aspecto, que desmazelo, que desaproveitamento....


Continuando o nosso caminho na encosta "abaixo" do Malhão, olhamos à nossa direita para o planalto que tantas vezes percorremos e que pouco estamos habituados a ver desta perspectiva (pelo menos à mesma altitude).




Mais um sinal de aviso que as coisas não iam ficar fáceis e...... não ficaram.....


A descida não incentivava a grandes velocidades. Mesmo assim fez o estrago do dia facilmente resolvido porque um dragão prevenido vale por dois.....
Substituído o dropout da CUBE azul FCP, continuamos a zigue-zaguear até ao rio.



Entrámos em propriedade privada, a única alternativa que tínhamos em vez de voltar atrás. Demos dois dedos de conversa com a senhora que lá encontrámos, pois por vezes fecham o portão da quinta e ninguém passa. A atitude não agrada, mas é compreensível. Agradece-se a "meia dúzia" de labregos dos jipes e das motas todo terreno que não respeitam nada nem ninguém e por causa de uns pagam todos. Também nisto o PNSE é só conversa da treta. São capazes de implicar com quem organiza um passeio de BTT pelos caminhos da serra, mas são capazes de deixar andar a circular estas caravanas de barulho serra adentro....


Mas nós, barulho não fizemos! Limitamo-nos como sempre a apreciar a paisagem, a desfrutar do dia... 
Enquanto olhava um rebanho de cabras a pastar, estranhei o cão por instantes (foto de cima). Só mesmo passado uns instantes é que deu para perceber que aquela rabo comprido pertencia não a um cão, mas a uma matreira raposa que sentia o cheiro dos cabritos recém nascidos e andava por ali na zona. Mas à frente dele só estavam as adultas e a investida foi em vão e bateu em retirada.


Nós seguimos o nosso caminho....



Terrível caminho, que mais se fez à mão que a pedalar. Mas a vista compensava......




Ultrapassada mais uma ribeira, fomos novamente em busca do Mondego...

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... encontrámos o rio, num local bem bonito e excelente para (no verão) mandar umas palhaças na água. Mesmo quem não tiver pé pode ir na mesma que não custa nada.


Depois da foto com os dois compinchas ser tirada, seguimos por uma antiga levada seca. Mas seca não só de agora, pois ali já não corre água à alguns invernos.



Chegámos ao sempre bonito e calmo Covão da Ponte. Quando chegámos éramos os únicos ali. Aproveitámos como sempre aquela paragem para sacar da ultima sandocha e fomos estrada fora até à capela da Nossa Senhora da Assedasse.



Na Assedasse, as pingas que por vezes caiam do céu estavam a engrossar. Subimos na direcção da portela do Sameiro e aí apareceu a chuva. Olhávamos à frente e o tempo estava a fechar ainda mais. Restou-nos então ir abrir até à cruz das jogadas novamente. O dia estava feito e nós quase preparadinhos para o jantar de aniversário do CMG, que foi a actividade seguinte....

Cá fica um video feito "à pressão" com algumas passagens até chegar a chuva....

2 comentários:

José Cruz disse...

Mas que bela volta que estes 2 cromos fizeram... ehhehe

Só ainda não percebi, porque é que se lembraram de mim durante a vossa voltinha...
Quando é que vamos dar uma volta os 3?
José Cruz

Tiaguss disse...

Foi quando vimos cães da serra :)
Logo combinamos a voltinha para as tuas bandas....
Abraço