No sábado, sempre com o olhar atento do amigo Pardal, 13 BTTistas do Clube de Montanhismo da Guarda fizemos 106 Kms para ligar a cidade da Guarda a Freixo de Espada à Cinta e no domingo os 14 juntámo-nos aos mais de 200 caminheiros da cidade mais alta para fazer a caminhada entre o Penedo Durão e Barca de Alva.
Assim, para uma volta relaxada, pouco passava das 7 da manhã quando eu, o Mané, o Sousa, o Ricardo, o João Luís, o Zé, o Joca, o Nelson, o Vicente, o João Saraiva, o Lavajo, o Coelho e o Miguel começamos a pedalar. Estava fresquinho ....
Para não "hipotecar" o final do dia e também porque com tanta chuva o ritmo do pessoal não é o melhor, fizemos da Guarda a Pinhel sempre por alcatrão.
Nas paragens foi sempre necessário ter cuidado com os desvios, pois por vezes as bicicletas desapareciam dos lugares. Como da para ver na foto seguinte o senhor de amarelo, não foi apanhado com as calças na mão, mas quase...
A primeira paragem da malta foi em Malta, para que os mais agarrados ao café da manhã pudessem tomar a dose diária recomendada aquela hora do dia.
À entrada de Pinhel já tínhamos à nossa espera o Pardal. Se até aqui o íamos vendo de vez em quando, a partir do momento que nos metemos em terra, já fomos marcando com ele pontos de encontro.
Eram 9:30 e como previsto deixámos o asfalto e deixámos Pinhel. Atravessámos a ponte da Ribeira das Cabras e virámos à direita para entrar no tipo de terreno que afinal de conta mais gostamos de fazer.
Até chegarmos ao vale do Rio Côa, andámos quase sempre em caminhos agrícolas entre muros. Caminhos bem batidos e boa visibilidade para apreciar as vistas.
E se durante o asfalto a tendência foi alguma dispersão do grupo, assim que entrámos em terra, andámos praticamente sempre em bando.
Em terra as coisas começaram a ganhar um animo diferente por duas razões, as paisagens passaram a ser mais agradáveis e rolava-se mais devagar o que permitia não apanharmos o frio à semelhança dos primeiros kms.
A descida para junto do Côa foi por um trilho espectacular praticamente cavado na encosta.
A meio da descida, fizemos uma paragem estratégica para tudo e mais alguma coisa. Ir ao wc, resolver pormenores alguns mecânicos, tirar fotografias, abastecer, colocar protector solar e apreciar as paisagens.
O gajo mais rijo da volta
O Mané é sem duvida o gajo mais precavido de todas as voltas. Aqui esta com o protector solar na mão (não, não são laranjas), valeu-lhe ser o único a não ficar com a cara vermelhusca do sol.
Não dá para ver, mas o Joquinha que a meio da semana esteve inclinado para não vir, apareceu. Apareceu, mas com a perna envolta em ligaduras. Essas mazelas trouxe-as da maratona de Arganil da semana passada e nada está relacionado com o ter acusado o Mané de bullying por diversas vezes durante o dia.
O Mané é sem duvida o gajo mais precavido de todas as voltas. Aqui esta com o protector solar na mão (não, não são laranjas), valeu-lhe ser o único a não ficar com a cara vermelhusca do sol.
Continuámos a descida em direcção à nossa única forma de passar o Rio Côa, a ponte da estrada mais conhecida pela estrada da excomungada.
Assim que ultrapassámos o rio, rumámos a Bizzaril por um caminho alcatroado recentemente.
O Côa está com um caudal espectacular, que convida mesmo dentro em breve a umas descidas aqui parta estes lados.
Do Côa para Bizarril, subiu-se bem, mas tivemos a atenuante de ser em asfalto.
O dia não estava propriamente quente, mas houve que nos tivesse tirado o "pio". Um casal que ali passava de burro, disse-nos que nós assim .... nem transpirávamos. E esta??
Continuámos a nossa volta, mas por um caminho diferente do que inicialmente tinha planeado. Em vez de descer à linha de água e subir um caminho bem inclinado, alargamos a volta, e contornámos a ribeira em questão.
A Serra da Marofa esteve sempre presente. Se quando fizemos a GR22 e passámos aqui estávamos sempre a vê-la, nesta volta, praticamente a tínhamos em linha de vista desde a Guarda até ao Penedo Durão.
Serra da Marofa
Depois de Bizarril, começámos a apanhar as primeiras amendoeiras e logo começámos a avistar a aldeia histórica de Castelo Rodrigo.
Depois de Bizarril, começámos a apanhar as primeiras amendoeiras e logo começámos a avistar a aldeia histórica de Castelo Rodrigo.
Chegamos à zona industrial de Figueira de Castelo Rodrigo e fomos ter como Pardal que estava a nossa espera à entrada de Castelo Rodrigo.
Não parámos por ali para almoçar e fomos tratar de nós a Figueira. Estava a chegar a hora da faca e do garfo.
Em Figueira de Castelo Rodrigo estava difícil de petiscar qualquer coisa. Valeu haver feira...e valeu o Mané ter trazido a faca e o garfo. Sem isso, nada feito...
Apesar do Lavajo ter uma forma estranha forma de usar o telemóvel, não foi ele que fez uso do halibut aqui em Figueira. Ao minhoto da volta, valeu o Mané ter-se lembrado de trazer a pomada.
Esta paragem foi um pouco mais demorada que o que estava a contar. Depois de toda a gente ter abastecido, seguimos para Barca de Alva.
Esta parte do percurso era praticamente a rolar e a descer. Não havia nenhuma subida digna do nome.
Nesta zona há que ter sempre atenção aos portões, pois temos de nos certificar que os deixamos fechados depois da nossa passagem.
A lama era pouca, mas dava para chapinhar. Quiz-me parecer que houve aqui uns pequenos picanços para ver que chegava primeiro à água.
A paragem aqui foi para ganhar fôlego, pois a subida do dia ainda estava por fazer.
Fomos na direcção da calçada de alpajares, mas não a fizemos. Logo lá voltamos para a fazer em sentido contrário. A subida para Poiares foi feita por onde passava antes a Transportugal.
Como dá para ver pelas fotos seguintes, esta zona da Ribeira do Mosteiro tem paisagens lindíssimas. Pedalar ou andar a pé por estes lados é sem duvida muito agradável.
Deu para nos apercebemos do quanto é bonita esta zona. A entrada para a calçada convida-nos a visita-la muito em breve.
Não fizemos a calçada (que tinha ponte para atravessar a ribeira), fizemos um caminho sem ponte. O resultado está à vista e foi por pouco que ninguém ficou a pé.
Quando cheguei já o Mané estava do lado de lá, mas o Sousa a pedalar nas calmas lá conseguiu "pedalar contra a maré", chegando ao outro lado montado na bicicleta.
A opção mais cuidada, foi mesmo passar de pé descalço e do lado de lá calçar as meias sequinhas. A ribeira ainda tinha uma corrente jeitosa, que o diga o Miguel que como dá para ver no vídeo se estava a ver aflito para dominar a bicicleta. O Lavajo, bem esse foi por pouco que não tinha de pedalar descalço e pedir a alguém no Porto para lhe apanhar lá as sapatilhas.
E as vistas quanto mais se sobe, mas espectaculares ficam.
Aqui o pior já estava feito, restava pouco para Poiares.
Mais ou menos à hora prevista chegámos ao Penedo Durão onde o Pardal já tinha passado pelas brasas.
Já em Freixo, arrumamos as tralhas, tomamos banho, orientamos a dormida no pavilhão cedido pela câmara municipal e fomos jantar.
Como o Coelho tinha orientado, foi em cheio. Posta Mirandesa para toda a gente....no restaurante E.T.C. que nos serviram e despacharam muito bem. Ficámos satisfeitos com tudo.
Depois da janta seguiu-se o festival internacional de tunas de Freixo Espada a Cinta. Como dá para ver na foto, o pessoal estava com sede...
No dia seguinte o "programa das festas" era a caminhada.
Fomos ao encontro do Janeiro que vinha buscar-nos de jipe para o Penedo Durão.
O dia amanheceu muito ventoso.
Enquanto esperávamos pelos caminheiros , apreciamos melhor o local.
Passarada por aqui vê-se bastante. Vimos desde grifos, a abutres do Egipto a passar pelo inconfundível milhafre real. Inconfundível pelo seu característico rabo de bacalhau. Aos poucos vou aprendendo, a fase dos tartaranhões e dos abelharucos ficou lá para os lados de Linhares da Beira.
Entretanto, directamente da cidade mais alta, chegaram os 4 autocarros com gente para a caminhada que correu lindamente.
Já praticamente no fim da caminhada, liga-me a minha comadre que me diz para olhar para a amendoeira mais bonita ao pé de mim e me deu a novidade... :) O que será? Em breve saberemos...
Esta zona foi onde apanhámos mais amendoeiras. E ficou já combinado que esta boa descida, vai ser visitada a subir em breve e quem sabe para descermos pela calçada de alpajares. Logo cá voltamos...
Tudo correu lindamente. Seguiu-se o almoço e a viagem de regresso à cidade mais alta.
Mais um fim de semana desportivo 5 estrela.
Está visto que o grupo vai aumentando e se vai compondo. Também ficou provado que temos companheiro para nos aturar nestas andanças, eh eh Obrigado Pardal.
Altimetria dos 106 Kms:
10 comentários:
Foi LINDO ....
Um grande abraço para todos e um agradecimento especial à organização !!! Até à próxima, e que seja breve eheh
Grande Lavajo
Venham mais destas.
Abraço
Tiago Lages
PS: Ainda vou relatar mais um pouco logo a noite. Estava era mortinho para publicar alguma coisa :)
Organizar actividades destas exige sempre muito e quando no final tudo corre bem.....entao é maravilhoso! Sem dúvida que me senti bem na companhia dos amigos. Sem dúvida que senti algumas crispações, sem dúvida que elas tendem a desaparecer com o tempo ou o amadurecimento das pessoas. Grupos homogéneos não existem e também ninguém os quer, porque a perfeição é uma utopia; o desafio é o mais importante da vida!As pessoas são efémeras, os momentos perduram e engrandecem-se com o passar do tempo e com o carácter e a nobreza das pessoas que deles participam.
João Luis
Mais nada .... e quem fala assim não é Gaaagggooooo .... lol
Sim senhor... :)
Amigo Tó Manel, quando apareces pela tua terra Natal? :)
Abraço
O que é que o João Luís quis dizer com aquele palavreado todo. Que já ia mais uma mini? Ou simplesmente que a jornada foi fabulástica com um grupo 5*****? Parafraseando alguém “G'andas Malucos”.
Tiago porque estás a mandar o Tómane para Aveiro?
Aquele abraço. Pessoalmente fico à espera da próxima.
Um abraço para todos.
Nelson
Da minha parte quero deixar um grande OBRIGADO. Excelente fim de semana.
Miguel Gomes
Parracho, esclarece ai o Nelson ou a mim :)
Meus amigos, foi sem duvida uma boa volta de inicio de "temporada".
No calendário do clube estão mais 3 no mesmo espírito, mas esta visto que não vão ser as únicas:
- Travessia Estrela-Açor (2 dias-Maio)
- Grande Travessia das Serras do Centro (2 dias-Junho)
- Volta do Mondeguinho (1 dia-Setembro)
Todas merecem a pena, mas eu foco principalmente a grande travessia...essa vai ser do melhor :)
Abraços
Tiago Lages
Mané, prepara o Halibut... :)
Um abraço a todos.
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