TiagussBTT e Amiguss: Travessia Estrela

Sábado dia 23, o ponto de encontro foi a porta da sede do Clube de Montanhismo da Guarda. E às 8:30 eu, o Mané, o Coelho, o Joca e o Rui Sousa, começámos o nosso dia BTTistico.

O dia começou bem cinzento e até com algum nevoeiro, mas a previsão acabou por bater certo e neste dia, o sol esteve bem presente enquanto estivemos em cima da bicicleta.

Assim que passámos a carreira de tiro e descemos a Vale de Estrela, o sol mostrou-se pela primeira vez e o céu azul fez-nos companhia o resto do caminho.

Descemos ao vale da Ribeira do Caldeirão e percorremos o vale até ao alto de Famalicão.

No alto de Famalicão, continuámos a subir na direcção dos Mosqueiros, de forma a descer para Valhelhas pela crista desta serra que separa Famalicão da Serra do Seixo Amarelo. O verde é uma constante neste caminho, pois os castanheiros abundam nestas encostas.

Assim que chegámos à ponte do Rio Zêzere à entrada de Valhelhas, fizemos uma pequena paragem para fazermos o primeiro abastecimento. Seguiam-se 7 Kms de subida até ao posto de vigia junto ao marco geodésico Rafeiro, para vencer cerca de 500 metros de desnível.

Durante a subida passámos da encosta do Sarzedo para a encosta da Aldeia do Souto. Daqui avistava-se Belmonte e já conseguíamos deitar o olho para a Cova da Beira.

Acabada a subida e com trinta e poucos Kms nas pernas descemos para o alto de São Gião, atravesámos a estrada de alcatrão que liga o Teixoso a Verdelhos e seguimos pelo caminho florestal na direcção da Vila do Carvalho.

Assim que chegámos à Vila do Carvalho fomos pedalando até que encontrámos a Tina em Cantar Galo, mesmo na esplanada onde estava previsto fazer outro abastecimento.

Abastecimento feito e seguimos viagem. Como a malta estava fresca, não descemos à Covilhã e subimos logo pelo caminho dos depósitos de água até ao caminho florestal da Rosa Negra.

Estava feita mais uma das subidas do dia. Apanhámos uma zona de caminho muito estragado, mas é sempre melhor que nos enfiarmos no meio da Covilhã e ter que pisar alcatrão.

E assim que entrámos no caminho do Pião foi praticamente sempre a rolar a meia encosta (com vista para a Covilhã) até passarmos a Quinta do Mineral.

Assim que dobramos mais uma crista, entrámos no vale da Bouça e das Cortes. Aqui a vista para a parede da Varanda dos Pastores é uma vista fabulosa.

Passámos pela Bouça e assim que chegámos à praia fluvial das Cortes, já a Tina estava à nossa espera.
Mais um pequeno abastecimento, pois faltava-nos "galgar" a crista para passar para o vale de Unhais da Serra.

A ultima subida antes de avistarmos Unhais da Serra, não é propriamente uma auto-estrada de terra. É um caminho com algumas ligações feitas por corta-fogos que por acaso eu e o Mané tínhamos feito no fim de semana passado.

E eis que chegámos a Unhais da Serra, onde a Tina já estava à nossa espera com o Sr. Cabral da Junta de Freguesia, para nos levar ao polidesportivo, no Bairro da Terra da Senhora, local onde tomamos banho e pernoitámos.

O resto da tarde em Unhais foi passada na esplanada do quiosque, a descansar e a relatar o percurso. Entretanto também se juntou a nós a Marta que não pôde alinhar a pedalar.

O jantar foi no Restaurante "O Cortiço" e correu muito bem. Depois de jantar e como a Tina estava com vontade de conhecer o novo hotel, lá lhe fizemos companhia.

Foi um dia muito bem passado.

Assim que o Rui e a Marta regressaram a Guarda, nós fomos de novo para a Terra da Senhora enfiarmo-nos nos sacos cama. A noite apesar de estar fria, e com alguma neblosidade estava bem bonita. No céu brilhava somente uma estrela ...

Domingo o São Pedro brindou-nos com uma manhã excelente. Começámos a pedalar às nove em direcção à Erada.

Da Erada o destino foi uma pequena praia fluvial junto a Casegas e depois a primeira rampa do dia para chegar à crista que desce para o Sobral de São Miguel.

No Sobral de São Miguel estava a Tina à nossa espera e fizemos o primeiro abastecimento da volta deste dia. Aqui esperava-nos a subida não do dia, mas sim do fim de semana.

Saímos do Sobral a percorrer um caminho rural que acompanha a ribeira, mas assim que tivemos de acentuar a subida para chegar as Pedras Lavradas, começou a ser mais duro. E depois das Pedras Lavradas a inclinação e o mau piso fez com que tivéssemos de puxar pelas biclas um bom bocado.

Depois de toda a subida vencida, as nuvens ameaçadoras começaram a largar trovões e relâmpagos mesmo por cima das nossas cabeças. Tudo isto mete muito respeito, pois estamos simplesmente no meio da serra, longe de um qualquer abrigo.

Estávamos já sobre a Serra do Açor e o caminho da crista era suficientemente rolante para à medida que "lavávamos" a cara na nuvem tentávamos deixar para trás todos os trovões que mais pareciam derrocadas.

Assim que vestimos os impermeáveis foi sempre a pedalar até chegarmos ao alcatrão por cima da Moura da Serra.
Este percurso tem umas vistas simplesmente magnificas, mas desta vez não tivemos a sorte do dia, o que nos faz cá voltar em breve ...

E um pouco antes do Monte Frio, o sol mostrou-se e manteve-se quente. Aproveitámos esta aberta para comer e secar um bocado as vestimentas.

Depois do Monte Frio entrámos na bonita Mata da Margaraça que está com um novo aspecto. O antigo caminho de terra esta todo calcetado dentro da mata.

E assim que chegámos à Benfeita, já a Tina esperáva por nós. Fui ter com o Alfredo para nos abrir o balneário da praia fluvial para o banho, mas fez questão de tomarmos banho em casa. Só o Mané, que estava com vontade da ribeira trocou o chuveiro pela água fresquinha da ribeira.