Nesta voltinha a parte mais interessante foi por terras de nuestros hermanos. Começámos em Figueira de Castelo Rodrigo, entrámos em terra batida espanhola e regressámos de novo a Portugal em Barca d'Alva.
O Koelhone já tinha andado por estas bandas e como pensou (e bem) que era um passeio do nosso agrado, depressa nos lançou o repto (yo). O Mané e eu .... de imediato alinhámos, claro!
Depois da francesinha de quinta-feira à noite, marcámos saída da Guarda para sexta feira às 8:00. A noite foi de chuva, vento e alguma neve. À hora que saímos da Guarda com as biclas em cima do carro do Mané, ainda caía neve. Assim que chegamos a Figueira de Castelo Rodrigo, continuava a chover, estava frio e vento, resumidamente nada agradavel.
A previsão era que o frio iria manter-se durante o dia, assim como o vento, mas a precipitação iria parar deixar-nos o dia mais seco. Decidimos esperar, esperar até que decidimos que só sairiamos do carro às 9:30 ou quanto o termometro subi-se dos 3 graus para os 3,5 graus :)
À hora marcada, saimos do carro para ir a um tasco comer qualquer coisa e decidir o que fazer. Estavamos nós a beber um galão quentinho quando recebo um sms e ao mesmo tempo a chuva pára e o ceu começou a mostrar-se menos cinzento.
E com fé nas previsões metereologicas, lá decidimos as vestimentas a levar e arrancámos passava um pouco das 10:00.
De Figueira de Castelo Rodrigo tomámos a direcção de Castelo Rodrigo, mas passámos ao lado. Não chegámos a subir a esta bonita aldeia histórica. Por terra batida fomos até à Barragem de Santa Maria de Aguiar onde entrámos no Parque Natural do Douro Internacional.
Esta zona não nos é estranha pois já por cá andámos quando fizemos a GR22. Passámos de novo em Almofala, mas desta vez ao lado da Torre das Águias. De Almofala ... alcatrão até Escarigo e logo a seguir entrámos em Espanha.
Assim que chegámos a La Bouza, rumámos a Sul por um bom caminho de terra. Atravessámos mais uma linha de água e subimos para Puerto Seguro.
Entre Puerto Seguro e San Felices de los Gallegos separava-nos o Rio Águeda. Um vale lindíssimo e bastante fechado. Para atravessar o rio pela Puente de los Franceses tivemos uma descida muiiiito inclinada e uma subida bastante picada, onde algumas partes tiveram de ser feitas à mão devido ao piso muito degradado.
Chegámos a San Felices de los Gallegos, onde estávamos a pensar parar para comer, mas seguimos mais uns quilómetros mais rolantes até Sobradillo.
Em Sobradillo encontrámos um tasco à maneira para comer cada um o seu bocadillo de lomo. O dia tinha-se composto. Além do vento frio, a chuva não tinha voltado a aparecer e de vez em quando o Sol mostrava-se e ajudava a aquecer um bocadinho o corpo nas paragens.
Findado o abastecimento, só voltámos a parar em Hinojosa de Duero onde termina o Sendero del Agueda e começa o Sendero del Duero. Por estes lados já se avistavam as arribas do Douro. Ao longe via-se perfeitamente o Penedo Durão e Freixo Espada à Cinta estava já ali "bem perto".
Continuámos por este sendero até La Fregeneda e segui-se a descida para a margem do Douro. Nestes Kms em "cada curva, uma surpresa" o Sol mais uma vez deu ar da sua graça e compôs a linda paisagem que se via por aqui.
A terra batida acaba mesmo no cais da foz do Rio Águeda. Aqui entrámos em alcatrão e atravessámos a fronteira pela linha ferrea desactivada à mais de 20 anos. Atravessámos de forma engraçada, a pedalar, mas confesso que em nada é aconselhavel pois existem partes da ponte que já não tem as travessas de madeira e as que ainda lá estão nota-se bem o podre.
Chegámos a Barca d'Alva e fomos parar no café do sr. Guerra. Aqui fizemos um abastecimento com umas boas tostas mistas, mesmo ao lado do Rio Douro. Claro que com esta paisagem e com dois dedos de conversa na companhia do Luis e do filho (filho e neto do sr. Guerra) estivemos aqui parados mais de uma hora.
O regresso a Figueira de Castelo Rodrigo foi feito por alcatrão. Restava fazer 12 Kms de subida até Escalhão e mais 8 Kms mais rolantes até Figueira. Ainda apanhamos uns chuviscos no durante estas últimos Kms, mas nada que incomoda-se ou estraga-se o excelente dia BTTistico.
Chegámos com mais 100 Kms nas pernas, os olhos bem arregalados das paisagens que vimos. Mais um dia de BTT muito bem passado e valeu a pena a espera de manhã e arriscar saír ...
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