domingo, fevereiro 03, 2008

Nevestrela 2008

O Nevestrela ainda decorre e faz este ano 25 anos!

A neve na serra é pouca ou nenhuma, daí que eu, o Mané e o Coelho decidimos levar as bikes para a serra.
Sexta-feira cheguei ao Covão d'Ametade um pouco antes das 21:00. Não estava ninguém ainda, mas passado algum tempo chegou a Tina. Preparámos o secretariado o e montámos as tendas enquanto foram chegando alguns participantes.

A noite foi de alguma chuva, mas graças a Deus que sábado o dia esteve impecável.
Entretanto chegou o Sousa, o Mané e o Coelho, preparámo-nos e começamos a pedalar. Decidimos não fazer o percurso inicialmente idealizado, mas fizemos outro também bem durinho.

Amanhecer no Vale glaciar do Rio Zêzere.

Assim que saímos do Covão d'Ametade, apanhámos o estradão de terra batida que vai em direcção a Verdelhos pela Serra de Baixo. Descemos até encontrar a cortada à direita (bem estragada) que vai até aos Piornos. E assim foi ...


Sousa e Mané apreciando a vista sobre o vale glaciar.

Coelho no trilho da Serra de Baixo.

Continuando a descida...

Assim que iniciámos a subida para os Piornos, demos conta do difícil que iria ser, pois dava para entender o estado do caminho. Muita pedra solta e piso muito degradado, num caminho muito pouco frequentado por veículos motorizados. E ainda bem!!!


A caminho dos Piornos.


Mais uma zona difícil.


Dois exemplos da frase do dia: "Não vás por aí!"

Durante a subida continuámos a ter bonitos cenários enquanto o nevoeiro ia levantando.


Serra de Baixo.

Eu, com parte da Nave de Santo António e o Cântaro Magro como pano de fundo.


A caminho dos Piornos.

Assim que chegámos aos Piornos, descemos às Penhas da Saúde. Fizemos um pouco de alcatrão, mas depois virámos para a Barragem do Viriato.


Pedro De Sousa, a "Torre" e a Barragem do Viriato.


Assim que chegámos às Penhas da Saúde fomos à Ti Maria, beber um chocolate quente. O objectivo era descer para a Bouça, mas não estávamos com apetite de fazer alcatrão até à zona da descolagem por cima do Sanatório dos Ferroviários. Ainda andámos a "micar" alguns trilhos, mas em vão.

Assim que chegámos à crista que nos leva à descolagem já com vista para a Covilhã, ainda tentámos apanhar um trilho pela Ribeira das Cortes, mas foi um inventanço a sério, daqueles que nos fez voltar atrás.


Trilho que felizmente acabou numa das margens da Ribeira das Cortes, senão ainda tínhamos descido mais ...

Lá voltámos atrás para apanhar de novo a crista que passa ao lado da Vigia e que segue em direcção ao marco Pedra da Mesa. Na descolagem ainda encontrámos dois parapentistas conhecidos, mas o parapente fica para a próxima.


Sousa pedalando pela crista (fora do caminho).

Eis que chegamos ao cruzamento que desce para a Bouça. Virámos e mais à frente para aproveitar o Sol e a paisagem, parámos para um abastecimento.


Abasteciemento.


Repondo energias.


A imponente encosta da Varanda dos Pastores.

A descida só acabou na Ribeira das Cortes já nas imediações da Bouça. Por acaso tinha passado neste trilho na noite de quinta feira passada com os companheiros do pedal Joca e João Pedro, mas em sentido contrário (bem mais difícil).


Bouça.


Ribeira das Cortes.

Após subirmos para sair do vale da ribeira descemos até ao Ourondinho e seguimos por alcatrão até Unhais da Serra.


Unhais à vista.

Em Unhais paragem para mais um abastecimento, desta vez sentados na esplanada de uma pastelaria.


Sousa e Coelho at esplanada.

De-mos uma passeata por Unhais-da-Serra e iniciámos a longa subida até à Nave de Santo António. Uma subida de 15 Kms que nos tira dos 650 metros de altitude e nos leva para os 1600 metros. Uma subida que em tempos era toda em terra e que à alguns anos foi atabalhoadamente alcatroada em alguns troços e deixada ao abandono após os sucessivos aluimentos de terras. Enfim .... nada que não estejamos já habituados a ver na tão mal tratada Serra da Estrela.


Futuro Hotel Termal de Unhais da Serra.


Nuvens sobre o Terroeiro.


Vista sobre a Cova da Beira.


Olhando para trás.


Pôr do Sol durante a subida.


Assim que chegámos à Nave de Santo António atravessámos esta, até entrar de novo em alcatrão na "curva do chouriço" para descermos até ao Covão d'Ametade. Este fim de dia a atravessar a nave dava umas belas fotografias, mas a ausência de luz e a falta de bateria não permitiu o registo fotográfico.

Chegados ao Covão d'Ametade, o Sousa pegou no carro e rumou à Covilhã. Nós os três fomos mudar de roupa, fazer o jantar e descansar. Foi um bom dia de actividade!

E ao fim de 25 anos, o Nevestrela será temporariamente suspenso. O CMG e a ASE, desde sempre organizadores do Nevestrela, assim o decidiram. O futuro a Deus pertence. Para já, fica o local e a data simbólica do fim de semana de Carnaval onde certamente nos próximos anos continuará a ser ponto de encontro de montanheiros.

Nostálgicamente recordo que as únicas duas vezes que levei bicicleta para o Nevestrela, foi no meu primeiro Nevestrela em 1994 e no último, 2008.


[1994] Depois de uma noite de temporal.


[1994] Paisagens cada vez mais raras.


[1994] Miguel Coelho, Pedro Veiga e Tiago Lages junto ao marco geodésico Estrela.
(mais conhecido como Torre)


[1994] Paulo Coelho, Paulo Monteiro, Pedro Lopes, Luis Monteiro, Tiago Lages, Pedro Veiga.


[2008] Paulo Coelho, Mané, Tiago Lages.


[1994] Guarda 94.


[2008] Guarda 2008.



3 comentários:

ljma disse...

Fixe! Bela actividade!

Tiaguss disse...

Obrigado ljma!

cfernandes disse...

Boas, já agora foi o meu 1º Nevestrela, podem ver aqui: http://celsofernandes.no-ip.com/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=104&ac=1&Itemid=1