domingo, setembro 05, 2021

N230 - Do mar até à Serra





Não é BTT, mas não deixa de ser uma volta interessante. Poderia ter vários nomes, "Do Mar até à Serra", "Da Ria à Estrela" ou mesmo "De Aveiro até casa", entre tantos outros. Mas em que consiste esta volta? Nada mais nada menos que percorrer a fantástica N230, que tantas vezes uso os seus últimos 40 Kms, sempre que vou até às Pedras Lavradas, mais conhecido nos meandros da volta a Portugal, como Alto da Teixeira. 

Já tinha em mente percorrer esta estrada nacional há um bom par de anos. Mas só em 2019 é que surgiu a oportunidade.... mas, que entretanto fugiu e voltou para a gaveta. O desenho do traçado, ficou só no papel, ou seja no computador.

A nossa N230, tem inicio em Esgueira (Aveiro). O marco do quilometro zero aparentemente já não existe e é dificil de ter a certeza da sua localização original. Passeios deste tipo, gosto de os fazer recorrendo o mais possível ao traçado original. Ora, a zona que melhor conheço é entre as Vendas de Galizes e o "banco". O "banco", aqui em casa, é nada mais nada menos que o local onde muitas vezes vou virar com os garotos de bicicleta (na Covilhã) e está situado no final da N230, onde ela entronca com antigo traçado da mítica N18. Mas esta zona é a mais bem protegida e identificada, pois encontram-se os marcos quilométricos com bastante regularidade. 

Resumidamente, neste traçado o que mais duvidas me levantou, foi o próprio quilometro zero, o troço entre Tondela e o Carregal do Sal e um pouco depois na zona de Oliveira do Hospital. Seria mais simples pegar no google maps e acreditar naquilo que ele "diz", mas nem sempre ele está certo. Para afinar isto, foi preciso muito "google earth" para ter a melhor perspetiva aérea do traçado e para perceber o que mais sentido faria, conhecendo como em tempos eram desenhadas as nossas antigas estradas nacionais, a passar dentro das povoações, entre outras características. Foi preciso também muito "street view" à procura de marcos quilométricos. Rebuscar as gavetas de casa dos pais à procura de mapas de estradas antigos, assim como procurar mapas antigos na internet entre noticias, moradas de instituições, etc.... Na Biblioteca Nacional de Portugal encontrei boa informação, alem de um mapa de 1960. Tudo ajudou a esclarecer ALGUMAS coisas. 

Claro que depois de a percorrer esta estrada do inicio ao fim, algumas duvidas quanto ao traçado original foram esclarecidas, no entanto outras persistem.

Lancei o desafio ao meu amigo Coelho. Parece mentira, mas ultimamente raras são as voltas que partilhamos. Até parece mentira, mas nos últimos dois ou três anos, as voltas contam-se pelos dedos de uma mão. A ultima, faz agora um ano em Outubro e terminou comigo nas urgências depois de uma queda a descer dos Piornos para Manteigas...

Podíamos ter começado na Covilhã e fazer no sentido inverso, um nadinha menos exigente? Podíamos! No entanto sempre tive na ideia fazer isto no sentido da quilometragem ou seja do Km zero ao quase Km 204. Podíamos ter feito isto numa altura em que andássemos mais "rodados"? Também podíamos, mas sabe-se lá quando. Assim, várias coisas iam ser certas, ia ser uma volta bonita, mas também ia custar e ia ser sofrida. E foi!

Agora que temos comboio entre a Covilhã e a Guarda ajuda a logística inicial. Apanhei o comboio na Covilhã, o Coelho entrou na Guarda e fomos até Aveiro. Na estação da Guarda City, encontrei o mestre Ferrão que tinha feito mais uma marreca (parapente) de 30 Kms, com mais uns 10 a pé e já estava de volta a casa pela linha da beira baixa. Menos de 100 Kms para este "melro" é uma marreca.... Está feito um "builtre", um comedor de quilómetros... Que bom é viver no "campo" :)

Avisado em cima da hora e que não hesitou em ir ao nosso encontro à estação de Aveiro, foi o meu amigalhaço da escola secundária, o meu amigo Paulo Almeida que a vida trouxe para estas bandas e por cá se fixou. Acompanhou-nos até ao alojamento, esteve connosco ao jantar e só foi para casa assim que recolhemos aos nossos aposentos. Foi pouco tempo, mas valeu bem a pena! São pequenos momentos como estes que nos enchem o coração. É sempre bom rever bons amigos.


Domingo de manhã, saímos à rua e fomos à procura de um bom e tranquilo pequeno almoço. Depois de mais arranjadinhos, seguimos o nosso plano pela N230.


Passámos na bonita estação e seguimos para Águeda. Sempre muito atentos à estrada e às bermas, à procura de evidências da N230. 
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O primeiro marco quilométrico que encontrámos foi cedo, tínhamos acabado de começar, no entanto não dizia N230 e marcava outra coisa que mal se via como se uma N trezentos e qualquer coisa ali passasse. O estado do marco e o seu aparente "recondicionamento" poderia deixar-nos hesitantes, mas estávamos sem duvida na N230 à saída de Esgueira. Mais tarde, em casa e com recurso às imagens do google, mais antigas, batia certo, é ali naquele marco duvidoso, o Km 1.


Assim sendo, acertando a quilometragem que encontrámos, o quilometro zero é na zona do cruzeiro em Esgueira.


Só depois de passarmos pela bonita localidade de Águeda é que encontramos finalmente um marco quilométrico da N230 que não levantasse duvidas. Foi o 21 e apareceu a duplicar. A versão à antiga e moderna.



Sabíamos o que tínhamos pela frente e também tínhamos a noção da nossa forma física atual. Por essa razão adotamos um andamento tranquilo, onde o objetivo principal era não fazer de noite a subida do Ourondinho para o alto da Portela já às portas do Tortosendo. Pois aí há sempre algum movimento e alguma velocidade. No plano de Aveiro e arredores nunca a média esteve acima dos 22 Km/h, o que nos punha a fazer contas à vida para gerir bem o tempo nas paragens. O dia estava por nossa conta....



A subida do Caramulo, antevia-se simples, pois vencia-se basicamente 800 metros "diluídos" em 22 Kms. E foi mesmo simples! Que espetáculo de subida!! Muito homogénea, sem rampas, com sombras e paisagens espetaculares. Adorei fazer a subida ao Caramulo por este lado. 

Apanhámos foi algum transito, pois acertámos no dia do Caramulo Motor Festival. Num domingo normal haveria menos transito, mas até acabou por ser giro, pois o transito era bonito. Muitos clássicos, saíram à rua neste dia. O carro mais repetido foi o Mazda MX-5. Passaram tantos por nós! O único "stress" foi com um não clássico, um FPD de um Lamborghini vermelho, que ia a fazer a estrada como se fosse tudo dele e fez-nos uma tangente bem escusada. Assustou-nos bem. Fora este "cabr#$!" o ritmo de passeio da grande maioria dos veículos, tornou a subida ainda mais engraçada.



Chegados ao Caramulo, estrada cortada! Entre as fila para os testes covid e acesso ao evento, foi a vez de nós ultrapassarmos de bicicleta todas aquelas maquinas bonitas, carregadas de cavalos. Não tirei fotos, pois com tanto movimento todo o cuidado era pouco. 

Com a "benção" de uma militar da GNR, conseguimos atravessar a vila pelo paralelo abaixo da N230.

O calor do dia já se fazia sentir bem. Iniciamos tranquilamente a descida e só em Campo de Besteiros paramos para comer e beber. Não havia bifanas, nem pregos no pão, tivemos de nos contentar com uma sandes mista.

Seguiu-se Tondela, Tonda, atravessámos a ciclovia do Dão e Ferreirós do Dão.



A partir daqui até Carregal do Sal, não é evidente o traçado original. O que fizemos, pela inclinação das rampas, não parece ser o de uma estrada nacional. Fico com a ideia de nesta zona, nunca ter havido N230, até porque se encontram algumas noticias na web, de ser em tempos um anseio destas populações e que originou a ER230, em zonas por vezes coincidente com a N230.

Em baixo encontram-se dois excertos de mapas de estradas e de uma carta topográfica antiga. O primeiro mapa é de 1961 o segundo já é dos anos 90. Em todos verifica-se uma descontinuidade da N230 entre Figueiró do Dão e a N234 na zona do Carregal do Sal, tal como na carta topográfica, onde vemos que é a N234 que atravessa o Carregal do Sal.





Nestes 50 Kms entre Campo de Besteiros e Oliveira do Hospital, penámos com o calor, muitas vezes a rondar a chegar aos 36 graus. No Carregal do Sal, parámos na esplanada certa, com sombra, fresca, com uma vitrine bem apetecível e com um bolo de feijão delicioso. 

O tempo passava, os quilómetros também. Íamos ajustando nas nossas cabeças o horário previsto de chegada. Tudo iria depender, da subida da Vide para as Pedras Lavradas, mas aqui já nós conhecemos bem e o transito é praticamente nulo. 

Parámos de novo em Oliveira do Hospital, só para beber. Também aqui há alguma incerteza quanto ao traçado certo à entrada da cidade. Em Oliveira apesar de eu ter levado um boneco diferente, no terreno fizemos o mais obvio e já em casa tirei as duvidas e constatei que fizemos o correcto, como se pode ver abaixo.




Subimos à Catraia da São Paio, seguiu-se a N17, conhecida como estrada da beira, pois aqui o traçado é coincidente até às Vendas de Galizes e descemos até à Ponte das Três Entradas para uma nova paragem para comer e beber. Se aqui consigo para sempre para uma bifana ou uma sandes de lombo, desta vez apanhamos o cozinheiro fora e teve de ser outra vez uma sandes. Começávamos aqui a tendência de subida, à beira da Ribeira de Alvoco.


Assim que passámos a Vide, comentei com o Coelho que era bom conseguirmos estar na Pedras Lavradas às 19:30, mas como já tudo estava à sombra, a subida não custou o que temíamos. Fizemos nas calmas, demos dois dedos de conversa na fonte, com um casal que ia para Tábua e chegamos lá acima às 19:15. Estes 15 minutos iam fazer toda a diferença no que respeita á luz do dia.

Seguiu-se Unhais da Serra, a subida do Ourondinho já no "lusco-fusco", a descida para o Tortosendo e a subidita até ao final já dentro da Covilhã, até ao entroncamento da antiga N18.

Das Vendas de Galizes até aqui, encontramos na estrada muitos marcos quilométricos e tudo a bater certinho. Entre o Tortosendo e a Covilhã ainda demos com o 200. Mas foi estranho pois em vez de 200, marcava cento e setenta e qualquer coisa, o que não batia certo com o que tínhamos vindo a encontrar até aqui. Cem metros à frente encontramos definitivamente o 200, mas normalmente o marco da dezena não é de cabeça arredondada é sempre num formato de paralelepípedo. 


Ainda vislumbrámos o 201 e o 202. O 203 já não o vimos, mas a marca de hectómetro apareceu 100 metros depois. Mas o final estava perto... cansados, mas satisfeitos e de barriga cheia. :)


domingo, agosto 22, 2021

eAçor

Que excelente dia!!

Já lá vai o tempo em que o blog era alimentado todos os meses. Apesar de alguma falta de tempo, não o quero deixar parado no tempo, pois é também para mim um "livro" de recordações. Curiosamente, a ultima volta publicada, foi no ano passado e teve como mote a Serra do Açor que eu tanto gosto. Inevitavelmente, repito fotografias. Tais paisagens sempre me deslumbraram e registo tudo, como se fosse a primeira vez que ali estivesse a passar. 

Mas esta volta foi especial. É certo que a maioria das vezes que para aqui venho até é sozinho. Nem sei bem se é por opção.... mas é assim que se proporciona. Mas esta foi especial! Pedalei com os meus amigos de infância Tó-Zé e Luis Alfredo. Ao pedalar com eles, remeto-me para a infância que passei na minha bonita Benfeita. Inevitavelmente, o meu pai vem sempre ao meu pensamento e esteve presente em todos os quilómetros. Não só porque estava a pedalar com os meus amigos, mas também porque estas serras, estes caminhos também eram bem conhecidos do meu pai, do tempo em que trabalhava nas Telecomunicações de Portugal, mais tarde Telecom Portugal, Portugal Telecom, PT, Altice...

Todas as terrinhas, por onde de vez em quando passava de bicicleta na Serra do Açor, davam tema de conversa, pois também ele, tinha historias por lá. Historias dos caminhos que iam desde o Land Rover serie III, à Renault 4, passando pelos UMM. Mas a "4L" sempre foi o carro preferido, segundo ele, o mais confortável para andar no meio da serra. Essas histórias iam desde o primeiro telefone instalado nesta ou naquela aldeia, normalmente numa mercearia ou um qualquer comércio, que ficaria de "Posto Publico". No tempo do meu pai, o alcatrão por aqui era pouco e algumas destas aldeias nem estrada tinham, o acesso era mesmo a pé. São histórias que ficam...

Com estes amigos, o ponto de encontro podia ter sido na Benfeita, no campo de futebol, para mais uma futebolada. Esmurrar joelhos, estragar as sapatilhas ou mesmo partir a cabeça. Também podia ser arranhar as pernas nas silvas ou ficar com comichão das urtigas, já que a bola por vezes saltava fora do campo e... o nosso campo estava construído mesmo por cima da ribeira. Mas, não! Desta vez, levámos capacetes e o ponto de encontro foi na bonita aldeia do Sobral de São Miguel. A bicicleta, não levei! Essa levou o Tó-Zé, pois faz parte do seu novo projeto ligado às bicicletas "Pedal to Enjoy", que promove desafiantes passeios de BTT na Serra do Açor em bicicletas elétricas. 


No Sobral de São Miguel, juntámo-nos 7 eBTTistas, eu, o To-Zé, o Luís Alfredo, o Guilherme (o "gaiato" mais velho do Luís), o Sancho, o Paulo, o veterano e rijo sr Porfirio, e um duro na sua bicicleta "analógica", o Pedro Faria. 




Iniciámos o nosso passeio à beira da ribeira, "vale acima" até chegarmos à estrada de acesso ao Sobral pelas Pedras Lavradas. Infelizmente, o incêndio do ano passado, fez muitos estragos nestas encostas à volta do Sobral. Na mancha verde envergonhada, de mato e de giestas erguem-se os pinhos negros queimados.




Chegados à estrada, andámos um pouco pelo asfalto até virar costas às Pedras Lavradas. Para subir à crista do Gondufo e São Pedro do Açor, não foi necessário subir aquela valente picada de bicicleta às costas, uma vez que agora existe um novo estradão que rasga a meia encosta e nos leva para o estradão já existente que vem da Teixeira e das Balocas. Em tempos idos, quando passava aqui de bicicleta não havia qualquer caminho para se subir à crista. Deste lado não se subia à crista, tendo para isso que descer e apanhar um dos caminhos florestais depois da aldeia das Balocas ou do Gondufo.











Aos poucos chegámos ao estradão da crista que "separa" a Teixeira de Cima das Balocas. Automaticamente avista-se a capela da Srª das Necessidades, conhecido Monte Colcurinho. Não me canso de contemplar aquela encosta, a silhueta daquele monte.



Seguimos. Passámos à beira do Gondufo. Bem, com bicicletas assim e com experiência zero, como era o meu caso, a tendência é poupar bateria. Pois com tanta subida que o percurso tinha, nada como poupar alguma coisa para que no final não tenha o "azar" de puxar por 25 Kgs nuns pneus 2.5 ou 2.8 que são um delírio, quando nestas paragens se deeeeeesce!!!






Um pormenor que gosto sempre de referir, no cruzamento do marco geodésico Gondufo: aqui juntam-se as fronteiras de três distritos da zona centro: Castelo Branco, Guarda e Coimbra.



E porque é que o Tó-Zé, nos trouxe por aqui? Nada mais nada menos, para trilhar o caminho que liga a crista Gondufo/São Pedro do Açor à crista do picoto da Cebola. A linha de água que encontramos pelo meio é nada mais nada menos que o Rio Ceira. O berço do Ceira é aqui!










Deixámos o Ceira para trás, pelo menos por agora. Apanhámos no final do trilho o estradão que vem do Sobral de São Miguel e que segue para o picoto da Cebola. Também este estradão é recente, "meia dúzia" de anos. Cheguei a andar por aqui e não ter por onde sair. 





As vistas, são o deslumbre de sempre. Se agora é bonito, em Maio as cores são ainda mais vivas e variadas. O amarelo da flor da giesta, o lilás da urze dão a estas encostas tonalidades diferentes que adoçam o olhar. 











Desta vez, o picoto da Cebola estava concorrido. Nós eramos 8, mas lá em cima estava malta (de carro) a apreciar a paisagem. Aqui é sem duvida o melhor local da zona centro onde temos as melhores vistas a 360º.

Seguiu-se a vertiginosa e perigosa descida para o cruzamento da Covanca.





Da Covanca descemos novamente ao Rio Ceira, passámos a ponte e subimos à Malhada Chã, onde nos esperava o João, já com a mesa montada e bem composta. O To-Zé não brinca em serviço.






Sombrinha boa, mesa posta e agua fresquinha para quem quis dar um mergulho. Estávamos novamente à beira do Rio Ceira.
Que categoria!
Outro bom momento, foi o que nos proporcionou o Sr. Morgado. Já conhecido desta malta de uma passagem por aqui no ano passado, deu conta de nós e veio de propósito da aldeia até aqui, para nos trazer uma "pomada" de mel, que ele próprio tinha feito.











Nunca aqui tinha ficado tanto tempo na Malhada Chã, numa volta de bicicleta. A razão era simples. Cada vez que por aqui passo, fica-me mais ou menos a meio da volta, isto é, fica-me mais ou menos a meio do dia, logo apanho sempre aqui muito calor e normalmente pico o ponto na aldeia e subo logo para ver se apanho algum ar.

Depois do café, passámos ao desafio seguinte, o São Pedro do Açor. Felizmente apanhámos algum ventinho para refrescar desde cedo. Estas encostas do Açor, são lindas, mas muito despidas. Quando o Sol aperta, é bom que não tenhamos facilitado na agua para beber.







Estávamos novamente na crista Gondufo/São Pedro do Açor. também aqui as vistas são fabulosas. Já se consegue espreitar o Piodão e a capela da Srª das Necessidades está ali mais chegada a nós.




As eólicas são uma constante por aqui. Se por um lado adulteram a paisagem, marcando uma evidência forte da mão do Homem, por outro lado ajudam a dar uma noção, uma referência quanto à grandeza da paisagem que temos à nossa frente. A foto acima, com a Serra da Estrela e a Torre como pano de fundo,  é um bom exemplo disso, onde os gigantes aerogeradores, parecem pequenos postes.




Depois do São Pedro do Açor, apanhamos um trilho que eu desconhecia. Sabem sempre bem estas partes para quebrar a homogeneidade do estradão. Ainda por cima, estávamos aqui com as bicicletas certas para isto. Suspensão total, cursos longos e bons pneus. 





Mudando de encosta rumo à Srª das Necessidades e começávamos a avistar outras aldeias. O registo acima é o Soito da Ruiva.



No alto do Piodão, voltámos a encontrar o João. Seguimos pela crista e aos poucos fomos aproximando-nos do Monte Colcurinho. Terminava ali, o desafio, não a volta.









O ultimo quilometro desta subida é desafiante. Não se nota muito com uma BTT e muito menos com uma eBike, mas com uma bicicleta de estrada e um pedaleiro de 39 dentes, faz ranger os joelhos :P 







O desafio maior foi sem duvida para o Pedro, mas para ele isto são "favas contadas".



Chegámos ao cimo do monte. Foi o meu pai que me trouxe aqui pela primeira vez. De carro, há uns bons 35 anos.
É um misto de emoções andar por aqui. Aquelas corridinhas que se fizeram por aqui "sem saber ler e escrever", também as recordo com entusiamos e alguma saudade. 













Descemos ao Piodão e de seguida Foz d'Égua pelo caminho de xisto. Estava a terminar o dia, pelo menos a parte de pedalar. Alguns foram novamente à água e ninguém foi para casa de barriga vazia, pois a mesa estava novamente posta.







Um grande dia! Muito bem passado! Obrigado a todos estes amigos!