Esta oficialmente aberta a nova temporada dos empenos, das calinas de 30 e muitos graus sem sombras, dos caminhos que não lembram ao diabo e dos caminhos lá para cu de judas. Foi um dia daqueles ...
Há muito que tinha curiosidade em ver as vistas do cimo da Serra da Alvoaça. O saber que Alvoco da Serra e Unhais da Serra estavam separados por apenas um monte, sempre deu vontade de tentar ver estas duas terrinhas ao mesmo tempo.
Aproveitando a ida dos meus pais a Loriga, decidi ir ter com eles e levei comigo o Mané e o Ricardo.

Deveríamos ter começado duas horas mais cedo e assim poupavamo-nos de uma manhã de calor. Saímos da Covilhã às 9:00 e para ganhar tempo fizemos alcatrão até Unhais. Em Unhais fomos à pastelaria do costume. Não tinha lá o petisco de outras vezes, mas descobrimos outro.
Ainda encontrei o Enf. António João que se lembrou e bem da volta entre o Ferro e Unhais. Por mim já disse que alinho, está para breve.
Esperava-nos nesta investida pela Serra da Alvoaça, caminhos muito pedregoso e muito empinados, mas era mesmo para isso que íamos preparados.

As vistas eram excelentes, nunca tinha espreitado deste lado da serra.

Já tínhamos subido bastante e Unhais ainda parecia bem perto.
E mais lá para cima depois, dos zigues e zagues, o caminho começou a piorar. Contou-me o meu pai, que este era o caminho que em tempos as pessoas de Loriga e Alvoco faziam a pé quando tinham de se deslocar à Covilhã. Caminho este que foi percorrido algumas vezes pela minha avó.
O Mané estava imparável e nestas zonas mais técnicas, poucas eram as vezes que punha o pé no chão.

Além das vistas serem magnificas, as cores destas encostas estavam como se costumam dizer, "no ponto".

E eis que chegámos à tão aguardada crista. Iniciava-se a descida para Alvoco da Serra por um caminho do mesmo "calibre" daquele que fizemos a subir.

Alvoco da Serra

Alvoco da Serra
O Ricardo também tem raízes por estes lados, e não podíamos deixar de fazer uma pequena visita. Foi mesmo uma visita de médico como se costuma dizer, mas já estavamos em cima da hora de almoço e esse já estava na mesa em Loriga.


Caminho romano em Alvoco da Serra

Ribeira de Alvoco

Da Unhais da Serra a Alvoco da Serra fizemos nada mais nada menos que 10 Kms. Afinal estão bem perto estas duas povoações :)

E com mais outros 10 Kms desta vez feitos em muiiiiiito menos tempo, chegámos a Loriga.

Loriga

No mirante...

Sensação tão agradavel, beber agua aqui ...
E no cantinho do quintal dos meus avós, podemos desfrutar da tranquiliade e do sossego que aquele local nos transmite.

Junto a este pátio nasceram rosas...

E depois do almoço em familia fomos ao cafezinho e iniciamos o nosso regresso à Covilhã. Na mesa até estavamos muitos, mas ainda faltam muitos mais ...

Lá atrás, Ricardo, Mané, o meu pai, Ti Tó e eu. A frente, Ti Vira, a minha mãe e a Ti Có.
Saímos de Loriga perto das 15:00 e já estava uma calina desgraçada. Não eramos só nós que viamos tudo buzio, também a maquina se queixava de vez em quando.

Loriga

Só a meio da subida é que começamos a ter algum vento que ajudava a arrefecer o "motor".

E se andavamos a fazer contas à placa da Portela do Arão que diz Torre 18 Kms, desta vez como os contámos metro a metro, deu para confirmar que estes são certinhos.

Não era obrigatório, mas lá fomos picar o ponto ao sitio menos interessante, mais sujo, mais poluido e mais cheio de cimento deste parque natural, o ponto mais alto da Serra da Estrela.

Junto ao marco geodesico Estrela
Depressa fomos embora até às Penhas da Saude para parar na Ti Maria a beber uma coca cola fresquinha. Os carro por aqui andam mesmo devagarinho.... :)
E na estrada nacional 338, a estrada nacional da nossa selecção (ai tão mauuuuzinho), descemos para a Covilhã onde finalizamos este empeno com 85 Kms e quase 2600 metros de desnivel vencido.

Um vista da volta sobre a zona sul da Serra da Estrela,
onde vemos melhor o "atalho" Unhais-Alvoco

O bonito grafico que resultou deste empenanço
Fotos: Tiago e Mané