domingo, outubro 25, 2009

I Ori-BTT de Idanha a Nova


Este fim de semana foi dia de Ori-BTT. Por culpa dos meus amigos Luís e Ilda, falhei a primeira prova da época, a de Chaves. :)

O I Ori-BTT de Idanha a Nova, foi organizado pela Associação dos Deficientes das Forças Armadas e realizou-se na zona de Monfortinho. Desde que andamos nestas andanças ,foi a prova que até agora tivemos mais perto da Guarda. Como tal, não saímos na sexta feira .... na sexta feira ....

Sábado saímos da Guarda já passava das nove e meia. Pelo Sabugal e Penamacor fomos nas calmas até às Termas de Monfortinho. O primeiro a partir fui eu. Já desde Junho que não pegava num mapa e nua bússola e andar de bicicleta estes últimos 15 dias tem sido uma miragem. Mas dei conta que estava inspirado e a prova correu bem, ficando em 5º lugar na prova de distância longa no meu escalão, H21A. O Coelho em H35 ficou em 4º e o Mané em 16º.

Partida para a distância longa

Coelho a chegar ao fim

Mané no fim da prova de sábado

Para aproveitar o resto de sábado, fomos visitar Penha Garcia local que costumava visitar quando a escalada era "o" desporto. Agora tudo está equipado. Plaquetes era coisa que quando frequentava estas paredes não existia, mas assim ficou uma zona de escalada desportiva bem interessante. Após a visita às fisgas de Ermelo à 4 semanas e agora por passar aqui, ando a ficar com vontade ....


Tudo está bem diferente, os moinhos estão recuperados os fosseis que aqui existem, têm o seu merecido destaque.

Castelo de Penha Garcia à vista

E ao olhar para esta parede, lembro-me do meu amigo António Hilário. Ele também se deve lembrar de certeza :)

O Jantar foi em Monsanto por sugestão do meu amigo Pinto da Rocha. E como jantámos cedo ainda fomos "picar" o ponto ao castelo de Monsanto, pois estava uma noite agradável.


A dormida foi nas piscinas das Termas de Monfortinho. Assim que chegámos, cada um de nós instalou-se em seu canto. Adormeci logo, bem, tranquilo tal era a vontade de adormecer....

Domingo, foi dia da prova de distância média. Chegámos ao local das partidas cedo, pois com a mudança da hora, ganhámos uma hora.

O nosso "estaminé" montado junto à partida

Neste dia, eu e o Coelho saíamos para as nossas provas com um minuto de diferença que o Mané registou.


A prova de distância média já não correu tão bem. O Coelho ainda fez um 10º lugar, mas eu com dois erros graves, perdi muito tempo e só consegui o 26º lugar. O Mané então ainda teve mais azar. Numa prova onde estava a fazer um excelente tempo até à baliza 5, furou e ficou a pé.


Apanhámos bom tempo em ambos os dias, foi uma bom fim de semana desportivo.

Deixo aqui mais algumas fotos que tirei no sábado depois da prova, juntamente com algumas do Mané e do Coelho.


terça-feira, outubro 06, 2009

Os 5 cumes de Barcelos e o Alvão

E o que é que a Maratona dos 5 Cumes em Barcelos tem a ver com a Serra do Alvão? A resposta é nada. Mas se pensarmos que podemos regressar de Barcelos por Vila Real aí já começa a fazer algum sentido.

Para mim foi um dois em um. Tinha-me inscrito há algum tempo na Maratona dos 5 Cumes em Barcelos, mas sempre a pensar que teria companhia para a viagem.

Numa conversa de café a meio da semana, o Joca pensava que eu tinha "alinhavado" alguma volta para o fim de semana que se avizinhava. Vi-o tão aflito e preocupado que com o Ricardo à mesa do café, dissemos logo "não seja por isso". Como eu ia para Barcelos, ficou combinado que regressaria por Vila Real e lá faríamos ponto de encontro para no feriado pedalarmos pela Serra do Alvão.

Assim, domingo, dia da maratona em Barcelos, saí da Guarda às 6:00 e rumei a Barcelos, onde fiquei de me encontrar com o Rui e com a Marta. Estava inscrito para os 5 cumes, mas preferi fazer só os 3 cumes, na companhia destes dois amigos.

Arrancamos mesmo na cauda do pelotão, isto é, atrás dos 1997 participantes. :) Estavam neste evento 2000 BTTistas de todos os cantos do país.



Ao primeiro cume subia-se em alcatrão. Em Barcelos ainda deu para reconhecer algumas ruas onde passei com o Coelho no caminho português de Santiago de Compostela.


A seguir ao primeiro cume, o caminho estreitou e começamos a ter alguns engarrafamentos.



Fizemos tudo nas calmas, subimos aos outros dois cumes, mais descansados e sem muita confusão.
Pedalou-se por paisagens típicas do Minho, muitas latadas e tudo muito verde.



Fizemos algumas zonas de singletracks interessantes, embora isso congestiona-se um pouco o andamento.






Valeu a pena este passeio a volta de Barcelos. Os únicos aspectos mais chatos resultam de haver muita gente. Não tenho muita queda para eventos cheios de bicicletas, pois facilmente há engarrafamentos nos trilhos, nos abastecimentos, no almoço, etc ...

Após o almoço (o nosso no Mc Donalds, pois não estávamos com paciência para esperar que a fila de 300 pessoas fica-se mais pequena) fui até Vila Nova de Famalicão apanhar o Pedro a casa da Marisa.

Rumámos a Vila Real, onde tinhamos feito ponto de encontro com o Joca e com o Ricardo na Pousada da Juventude.

E segunda feira a volta inicialmente programada teve de ser reajustada pois o tempo chuvoso ia ter um intervalo, mas a tarde ia ser agreste.

Colocados os dorsais (5 estrelas) "confeccionados" pelo Ricardo, avançamos para a Serra do Alvão.





A ideia inicial para esta volta incluía a visita às Fisgas de Ermelo e a subida ao Monte Farinha, mais conhecido como Srª da Graça. Com a decisão de encurtar a volta para chegarmos de novo a Vila Real perto das 15:00, adiámos a subida ao Monte Farinha para a próxima visita ao Alvão. Em vez dos 90 Kms fizemos só os 50, mas custou ver ali ao lado o Monte Farinha e virar-lhe as costas. :)

E como previsto o dia começou chuvoso.


Pouco alcatrão fizemos em Vila Real, até entrar em terra batida um pouco antes do hospital.





Em Relva, uma povoação a meio da encosta do Alvão, entrámos em alcatrão novamente que nos levou pela barragem até Lamas de Olo.





E como dá para reparar espigueiros é coisa que não falta por estas terras transmontanas.


E com a febre do alcatrão "rural" que proliferou este ano sem rei nem roque, também aqui encontramos um caso idêntico ao do nosso concelho. Íamos muito bem num caminho de terra que de repente se converte em alcatrão. No regresso um pastor explicou que do lado do alcatrão era concelho de Mondim de Basto e a parte de terra era concelho de Vila Real. E assim "cresce" o nosso país, com certas obras sem jeito ...


O alcatrão levou-nos à aldeia de Barreiro. Aqui ouvimos a frase do dia, no meio da poluição sonora provocada pelas caravanas autárquicas que durante estes últimos dias nos infernizam os sossego. Íamos a descer quando o inspirado senhor do megafone, grita à nossa passagem "Senhor ciquelista, vote partido socialista". Mas nós não botamos alie!


O caminho que tomámos acompanha o Rio Olo. Estava visto que mais cedo ou mais tarde iamos dar com as Fisgas de Ermelo.





Aqui nestes caminhos sinuosos tive um pequeno azar, o desviador foi parar dentro da roda. Depois de o tirar restou-me pedalar na única mudança possível, pois tentar endireitar podia dar cabo de tudo.


E depois de mais um serpentear da encosta demos com isto ...


,







As fisgas de Ermelo tem umas das maiores quedas de água de Portugal, não caíndo na vertical, esta cascata tem um desnivel de cerca de 200 metros. É lindissimo ....

Só tenho pena de não ter vindo para estes lados quando me dedicava mais à escalada. Destes lados só tenho experiências do Marão. Mas o bichinho ainda cá anda ...

Tiago, Pedro, Joca e Ricardo, nas Fisgas de Ermelo

Já estávamos bem perto do Monte Farinha, mas este fica para o encaixarmos na próxima volta, com visita às fisgas.


Depois de contemplar o cenário, começamos a regressar. As nuvens já começavam a escurecer em algumas zonas e por vezes já aparecia uma ou outra pinga.







Ainda no concelho de Mondim de Basto

Já no concelho de Vila Real




Acabamos este passeio pouco passava das três da tarde. Fomos "almoçar" comida de plástico para aguentar melhor a viagem. Foi tudo no ponto, já que assim que estávamos a vir embora, começou a chover a sério. A tal chuvada que o Coelho nos tinha falado que ia aparecer à tarde.

Está o reconhecimento feito. Para o ano voltamos a estes lados, mas numa actividade do CMG.

Fotos by me e by Ricardo!