domingo, agosto 30, 2009

De Loriga ao Colcurinho

Já que a travessia de dois dias para este fim de semana teve de ser alterada, lancei a ideia ao pessoal de uma volta porreira para domingo. Como andava a ganhar "coragem" para ir a Loriga dar uma volta, agradeço a esta malta que alinhou nesta dura volta BTTistica.

Sábado eu, juntamente com o Mané, o Miguel Coelho, o Joca e o Vicente fomos jantar e dormir a Loriga.

Domingo a volta começou às 7:00. De Loriga fomos até ao Santuário da Srª da Guia e aí apanhámos um caminho de terra batida até à Cabeça.




Santuário da Nossa Srª da Guia

O Monte Colcurinho visto da Srª da Guia

O Sol a nascer na Garganta de Loriga

Cabeça

Cabeça

Assim que chegámos à Cabeça, descemos por alcatrão até ao Casal do Rei. Nunca aqui tinha passado (pelo menos que me lembre). Por aqui os caminhos de terra (com saída) são coisa rara, não estivessemos nós num dos vales estreitos da Serra da Estrela.





Casal do Rei

E do Casal do Rei, fomos ao Muro e descemos por alcatrão até Vide.



Em Vide.

Ribeira de Alvoco em Vide

Nunca esquecer a merenda

Em Vide atravessámos a ponte e apareceu outro companheiro de BTT. Juntou-se a nós, mas só nos fez companhia até Alvoco das Varzeas.


Ponte Medieval de Alvoco das Varzeas

No inicio da subida mais potente do dia.

À duas semanas atrás tínhamos estado aqui em Alvoco para a corrida de montanha e como tinha ficado a duvida se o percurso daria para BTT, decidimos subir até ao Santuário da Nossa Srª das Necessidades, exactamente pelo percurso da corrida. São nada mais nada menos que 9 Kms com 1000 metros de acumulado.



Parámos em Avelar para uma reparação técnica com direito a um crime ambiental do Vicente, que chocou toda a gente, mas que rapidamente o Mané resolveu.


Assim que chegámos a Vale da Maceira, parámos no Santuário da Nossa Srª das Preces. Aqui fizesmos a primeira paragem do dia comer uma sandocha e beber um sumo.



Até aqui tudo foi em cima da bicicleta. Tinha duvidas em certas partes a seguir ao santuário, mas só houve uma zona com cerca de 200 metros que tivemos de desmontar.





Nesta altura a subida estava um pouco a mais de meio. O Sol já começava a apertar, até porque estávamos a entrar numa zona em que já não havia sombras.






Já com o cimo do Monte Colcurinho à vista aproximava-se os 500 metros de caminho que seriam praticamente impossíveis de fazer montado, pois a inclinação chega aos 25% em alguns pontos.




Aos poucos lá chegámos ao cimo do monte. Já não bastava saber o que custa fazer estes 9 Kms a "correr", tínhamos de saber o que é faze-los em BTT.

Santuário da Nossa Srª das Necessidades

Vista sobre Loriga, Torre, Alvoco da Serra, etc ...

Vistas para os lados de Oliveira de Hospital

O gang no cimo do Monte Colcurinho



Para não repetirmos caminho descemos por um corta fogo que apanha um troço da GR22 e descemos de novo para a Vide.





Depois de tanto travão usarmos mais parecia que estávamos a descer atrás de algum camião carregado, tal era o cheiro a travões.





Na Vide, parámos para uns ice teas e umas coca colas e comer mais qualquer coisa. Enquanto gozávamos a nossa pausa o Coelho encontrou gente conhecida, mas num cartaz de uma festa, era nada mais nada menos que o Jorge Beirão (assim estava no cartaz), mas que para nós é sempre o Jorge da Ti Maria.


Eram praticamente 13:00 e o sol estava abrasador. A verdade é que não tínhamos hipóteses de nos safarmos da torra. Da Vide fomos até à Barriosa, seguimos para as Frádigas e de seguida para o Aguincho. Entrámos de novo em terra para subir ao Fontão.

Em cada terra paramos sempre numa fonte, para regar os pés, molhar as luvas e o capacete para ajudar a suportar o calor. Trocar a agua do camelback por agua mais fresca e lá fomos subindo.




A subida ao Colcurinho foi dura pela subida inclinada que era, mas esta não foi nada fácil, pois o calor com temperaturas a tocar os 40º dificultou bastante.

Fontão

Fontão

Chegámos ao Fontão, mas ainda faltava um ziguezaguear de curvas até acabar todas as subidas do dia.


E assim que chegámos a estrada nacional que liga Seia a Unhais da Serra, paramos no miradouro de Loriga.


Este local é sem dúvida um local lindíssimo e tem umas vistas maravilhosas, mas apesar de tudo já o vi em tempos bem mais bonito. Já tive a sorte de o ver como certamente mais ninguém viu... Há locais assim e há que saber contempla-los.



A vista panorâmica de Loriga mais conhecida

Descemos à praia fluvial e lá paramos para o merecido descanso antes de descer a casa dos meus avós.




Foi uma dura volta, mas 5 estrelas. Os ingredientes, foram :
- boa companhia
- temperaturas de 40 graus
- boa disposição
- 60 Kms
- bonitas paisagens
- 2160 metros de desnivel vencido

A altimetria do dia

Aqui fica mais uma definição de um termo proferido durante o dia:
- labrego: rude, aldeão, grosseiro, malcriado.

Mais um à parte .... alguém conhece a anedota o barrote dos dentes? Então perguntem ao Miguel Coelho :)