domingo, agosto 31, 2008

A primeira vez na Serra da Freita

A visita foi decidida de um dia para o outro (estar de férias ajuda). Já tinha visto um relato interessante do pessoal dos Angarnas, Cagareus e Bicigodos que pedalam por aquelas bandas e com base num track que arranjei (algures) na net decidi ir até lá.

"Abanquei" no Parque de Campismo do Merujal, um local bem bonito com muita sombra e bastante sossegado.

Parque de Campismo do Merujal.

O João Luís emprestou-me o GPS dele para eu experimentar, mas como me podia dar mal com ele levei parte de uma carta topográfica e no dia anterior marquei lá o percurso.
Saí da Guarda de manhã e fiz-me à estrada com as traquitanas todas dentro do carro e a Lolita por cima. Assim que encontrei o parque de campismo, montei a tenda, comi qualquer coisa, preparei-me e arranquei para aproveitar o dia.

Inicio do trilho.

Nesta zona existem muitas Pequenas Rotas (PR) marcadas, mas estas são mais adequadas para andar a pé.
Comecei a pedalar em direcção à conhecida Frecha da Mizarela.

Chegada à Frecha da Mizarela.

Frecha da Mizarela.

Vale do Rio Caima.

À medida que ia pedalando ia tentando perceber como seguir o track pelo GPS, pois só mais para o fim do dia é que descobri onde podia fazer zoom no visor. Entretanto a carta topográfica que levei comigo foi-se mostrando bastante útil.
Durante os primeiros quilómetros, fui pedalando pelo planalto da serra.

Planalto da Serra da Freita.

Partes boas dos trilhos.

Trilhos no planalto.

Rebanho no planalto.

Partes menos boas ...

Comecei a chegar-me à ponta da serra e desci para Tebilhão. Já se avistava o vale do Rio Frades, que é nada mais nada menos que o rio que serpenteia a "garra" da Serra da Freita.

Nuvens ameaçadoras.

Cabreiros visto de Tebilhão.

Caminho para Cabreiros.

A continuação desta PR.

Enquanto progredia no terreno pensava eu cá para os meus botões: "por estes lados há mais pedra batida do que terra batida". As descidas eram de abanar o esqueleto todo.

Tebilhão visto de Cabreiros.

Em Cabreiros.

Antiga Escola Primária de Cabreiros.

Quando continuava o percurso dei conta de uma placa a proibir o transito à excepção do pedestre. Não é do meu feitio infringir as regras, mas neste local não tinha caminho alternativo. A verdade é que basicamente acabei por não infringir as regras pois durante a descida houve mais "mãocicleta" do que bicicleta.

Zona da PR8.

Os 3 kms de descida para o vale.

Esta zona é lindíssima e merece a pena uma visita de mochila às costas para fazer estas caminhadas.

Já no Rio Frades.

Continuação do caminho.

O caminho percorrido.

Assim que chego à aldeia de Rio de Frades, o piso melhora significativamente até Bouceguadim.

Ribeira de Frades.

Mas assim que me comecei a aperceber o que já tinha descido e para onde tinha de ir, tendo em conta que o piso começava mais uma vez a piorar foi caso para dizer "Já Fuste!!". Fuste era nada mais nada menos que a próxima terrinha onde iria passar.

Pedrogão.

O auxiliar de memória...

Começava em Bouceguadim a potente subida para o planalto da Serra da Freita.
Passagem ao lado de Pedrogão.

Assim que cheguei a Fuste entrei numa zona de Pinhal onde a subida era menos acentuada.

Lolita na Serra da Freita.

Quando estava a chegar à zona das eólicas, encontro um De Sousa conhecido. Era nada mais menos que o Nuno De Sousa que estava de férias e veio de Felgueiras com mais dois companheiros (Ramos e Raquel) para pedalar pela Freita. Foi uma coincidência daquelas ....

Como andava a pedalar sozinho à tempo suficiente, juntei-me a eles e acabei por abandonar o meu track.

Subida para o marco geodésico Costa da Castanheira.

Ao fundo junto à casa do guarda, o Ramos e o Nuno.

Subimos ao marco geodésico por cima da Castanheira e rumámos até à Mizarela.

Raquel e Nuno.

Em Cabaços voltámos a separar-nos. Eles iam mesmo para a Srª da Lage no Merujal e eu ficava pelo parque de campismo.

No camping...

No dia seguinte de manhã arranquei para reconhecer outras zonas desta serra.

Mais percursos.

Mais caminhos.

Vale do Rio Caima.

Voltei à Mizarela e desci para o vale para a aldeia Ribeira, por uma potente descida que no fim se transformou numa potentissima subida.

PR para Ribeira (Não ciclavel!)

Frecha da Mizarela.

Fim da estrada.

PR de Ribeira para Mizarela.

Milho.

E mais Milho.

Pausa durante a subida.

Assim que saí de Ribeira rumei aos marcos geodésicos S. Pedro Velho e de seguida Detrelo da Malhada.

Infelizmente também há disto por aqui...

E também há disto ...

Uma coisa que se vê muito neste planalto é gado. Além dos rebanhos de ovelhas e cabras, gado bovino são uma constante nos caminhos e nas estradas.

Vaquinhas.

No cimo do monte.

Vista sobre Arouca.

Eolicas.

S. Pedro Velho.

Em resumo estes dois passeios renderam 70 Kms (50 na quinta e 20 no sábado), que no total rendeu quase 2300 metros de acumulado de subidas. É sem duvida uma serra bonita que merece uma outra visita, quem sabe com outro programa pois alem dos percursos pedestres existem algumas vias de escalada espalhadas pela zona.

sábado, agosto 23, 2008

Mais 100 Kms dos bons

Aqui para nós, esta volta já é mais conhecida como a volta do Mondeguinho. Do Mondeguinho porque a nascente do Rio Mondego fica nada mais nada menos que a meio da volta. Esta volta que sai da Guarda consiste em ir até ao Mondeguinho pelas encostas mais a Este da Serra e regressar pelos montes mais a Oeste da Serra da Estrela.

Já não a fazíamos há algum tempo e como do Alentejo vinha o Sérgio com vontade de subir serras para fugir às planícies alentejanas, marcámos para este sábado esta volta. À convocatória falhou o "#$%&poias de mierdia por motivos profissionais e apareceram o Vicente, o João Luis (mesmo com problemas técnicos arranjou outra bicicleta para alinhar), o Mané, Sérgio, eu e directamente de Águeda juntou-se o o meu companheiro da Invernal de BTT de 2006, o Paulo Dias. Para um programa alternativo onde coincidiam os primeiros quilómetros desta volta apareceu o Miguel. Apareceu sozinho pois o Pedro Patrício faltou à convocatória para apanhar o comboio às 6 da manhã na Covilhã como fez o Miguel. :)

O ponto de encontro de todos foi na Alameda de Santo André. Começámos a pedalar pelo Parque da Saúde um pouco depois das 8:00. O destino foi pela Carreira de Tiro descer para Vale de Estrela e logo depois Barragem do Caldeirão.

Antes de descer para o Caldeirão.

Já no vale da Ribeira do Caldeirão, poderíamos ter subido pela Corujeira ou mesmo por Fernão Joanes, mas como havia malta que não conhecia o caminho ao longo do vale até ao alto de Famalicão da Serra, optamos por esta subida.


Sérgio a chegar ao alto de Famalicão.

O resto da malta a chegar ao alto de Famalicão.

Assim que chegámos ao alto, continuámos a subir para o planalto da serra.

A continuação da subida...

Ao longe o marco Vila de Mouros e o vale da Ribeira de Beijames.

Assim que subimos ao planalto, rapidamente chegamos à mata do Fragusto, como ainda estava fresco parámos mais à frente junto à nascente que existe antes da subida para a Azinha.

Na direcção do Fragusto.

Primeiro abastecimento.
A paragem na Azinha era obrigatória, pois hoje (para variar) estávamos numa de visitar todas as varandas da serra.

Antes de cortar para a Azinha.

Miguel, Vicente, Sérgio, eu, João, Mané e Paulo.

Aqui na Azinha, o Miguel separou-se do grupo e como tinha definido, desceu a Valhelhas pela Serra da Cabeça Alta e rumou pelo alto de São Gião até à Covilhã.
O resto do grupo continuou a volta. Seguimos na direcção do Corredor de Mouros para de seguida descer ao Rio Mondego e visitar o Covão da Ponte.

Vicente e João na "cumbersa"

O resto da malta a chegar.

E a ir embora ...

Já na bacia do Mondego.

A descida para o rio.

Santinha.

A caminho do Covão da Ponte.

Ultima descida antes do rio.

Sérgio em grande estilo.

Muito pó se levantou durante o dia.

No Covão da Ponte, paragem para mais um abastecimento. De seguida iriamos passar alguns quilómetros a subir e uma paragem pela sombra destes lados sabe sempre bem.

A malta no Covão da Ponte.

Rio Mondego.

Covão da Ponte.

Depois de restabelecidos começámos a subir para a Cruz das Jogadas.

Mais uma triste atracção turística da nossa serra.

Mané a chegar à Cruz das Jogadas.

E o resto do pessoal também.

Daqui podemos apreciar de outra perspectiva o vale glaciar do Rio Zêzere.
A subida (em terra) continua até à Pousada de São Lourenço...

Vale Glaciar.

Continuação da subida.

Mané e João.

Paulo.

João e Vicente.

Sérgio e eu. (Foto artística do João Luís)

me again

Ultimos metros de terra.

Ao chegar à Pousada de São Lourenço, o grupo reagrupou-se e por alcatrão continuámos a subir em direcção às Penhas Douradas.
Assim que chegámos ao cruzamento das Penhas, descemos até ao Mondeguinho.

Abastecimento de água no Mondeguinho.

Escusado será dizer que depois da água do Mondeguinho fomos comer umas sandochas mistas uns metros mais à frente. Aqui fizemos uma paragem de mais de uma hora. Entre uma sandes e uma coca-cola, mais dois dedos de conversa e o tempo lá foi passando. Quando estávamos para arrancar recebi a sms do Miguel que já tinha chegado à Covilhã.

Estavam feitos 50 Kms e o regresso iria ser feito por outra crista da Serra da Estrela. Tomámos a direcção da Santinha pelo Malhão.

A caminho do Malhão.

Enquanto pedalamos por esta crista, somos sempre presenteados com vistas espectaculares. Conseguimos ver a Este, o vale do Mondego, a Guarda, Belmonte, Serra da Gardunha, Monsanto, etc ... Se nos virarmos a Oeste além da Serra da Caramulo, conseguimos avistar desde Trancoso, Viseu, Oliveira do Hospital .... É sem margem para duvidas uma excelente varanda da serra.

Pelo caminho da crista.

Na direcção do Malhão.

A serra que deixámos para trás.

Mas nem tudo neste monte é lindo. Pelo caminho passamos por uma antiga casa dos serviços florestais. Esta está ao abandono há uns largos anos, poderia servir para muita coisa, mas a verdade é que não está a servir para nada. Minto!!!! Serve para nos estragar as vistas e para nos lembrar que temos uma serra linda, mas muito mal tratada. Monos é coisa que não lhe falta!!

Antiga casa dos serviços florestais.

Um pouco antes do Malhão.

Vicente a chegar ao Malhão.

Continuação do caminho.

Hoje não há cá cabritas. :)

Lindo caminho.

As biclas durante um pequeno repouso.

Depois do Malhão seguiu-se outro marco geodésico desta crista, a Santinha.

O pessoal junto ao Santinha (eu não consegui chegar a tempo).

Depois da Santinha, seguia-se uma descida para a Portela de Folgosinho. O caminho a seguir ao cruzamento para Santiago, para variar está todo partido. Não me lembro de passar por aqui e que o caminho estivesse bom. Nem nestes últimos tempos de bicla nem nos tempos do vicio do parapente quando por aqui passava.

Deixando a Santinha.

Ao longe Folgosinho e Linhares da Beira.

Assim que chegámos à Portela de Folgosinho, iniciámos mais uma subida. Subida simples, mas como os quilómetros já pesam, começam a fazer moça.

Cabeça do Faraó.

Lindo! Linhares da Beira.

Ainda pensámos em ir picar o ponto à descolagem de Linhares, mas como só vimos uma asa no ar e como o vento soprava com alguma força, não fomos lá. Chegados ao cruzamento de Linhares/Cabeça Alta/Videmonte, descemos para Videmonte.

A caminho de Videmonte.

Em Videmonte ainda parámos numa esplanada, para mais um abastecimento. Restavam duas subidas para chegar à Guarda.
Depois da paragem seguiu-se a potente descida (de alcatrão) para o Mondego e como não podia deixar de ser a subidinha para os Trinta.


Miradouro nos Trinta.

Vale do Mondego.

Trinta.

Videmonte que tínhamos acabado de deixar.

Dos Trinta apanhamos o estradão de terra que nos leva ao campo de futebol e descemos para a Corujeira. Da Corujeira continuámos a descer para o Caldeirão e com já tínhamos passado por Vale de Estrela subimos por Maçainhas.
Este parte é que custa sempre nestas voltas que duram o dia todo. A parte mais quente do dia é sempre aqui seja a que hora for. Sempre que se sai do Caldeirão ao fim do dia levamos sempre com esta esfrega ... mas também é a última do dia.

Paulo e Vicente.

Sérgio e Mané.

E como não podia deixar de ser, assim que chegámos ao Parque da Saúde, virámos para as Lameirinhas para ir pôr a cereja em cima do bolo.

Tiago Lages, João Luís, Sérgio Monteiro, Paulo Vicente, Paulo Dias, José Gonçalves.

Tirámos a fotografia da praxe, na torre de menagem com vista para a Sé Catedral e descemos à praça velha para beber um copo.

Mais um dia espectacular. Uma boa volta de BTT, animada, com malta porreira pela nossa Serra da Estrela.

Aqui ficam duas imagens do Google Earth com o percurso.



O track do percurso pode ser encontrado aqui.