sexta-feira, dezembro 29, 2006

Mais duas seguidas ...

Ontem fui com o Mané e com o Sérgio a Castelo Branco tratar do pedaleiro para a bike do Mané. No regresso passamos pelo MotoBrioso no Fundão para o Luís Afonso pagar um café. Quando cheguei à Guarda tinha o Koelhone com a pica toda para ir pedalar, isto para não ir no fim de semana ao Marvão sem ter dado uma voltinha durante a semana.

Como ambos andamos equipados com estes kits ...... à noite andamos como se fosse de dia, isto é, quase de dia.

Começamos a andar já eram quase nove da noite pois o Koelhone atrasou-se na loja. Fomos virar a Monte Barro (fomos por um lado da linha do comboio e viemos pelo outro) e ao chegar à Guarda lá fomos nós acabar ....... na torre de menagem. Ainda deu tempo para mandar um valente tralho, isto porque como não tinha carregado a bateria das luzes, decidi desliga-las (para poupar) ao chegar à torre e não as voltei a ligar quando começamos a descer. Nem cem metros tinha descido enfiei-me logo na única vala daquele caminho. Ao capotar lá esmurrei os meus joelhinhos frios (a temperatura rondava os zero graus) e foi por pouco que não levava com a bicla em cima do costelado. Resumindo cheguei a casa às onze da noite e acabamos por fazer 26 Kms e no dia a seguir tinha mais uma voltinha combinada de manhã.

Ao chegar a casa, depois da banhoca e do jantar à meia-noite, ainda decidi deitar as mãos à bicicleta do Mané que à dois dias esteve assim:


Antes

Mas como já só faltava colocar o desviador dianteiro, corrente, pedais e afinar as mudanças, decidi acabar o serviço que tínhamos começado, isto para não o fazer no dia seguinte (hoje) de manhã à pressa para ir pedalar e deixar o trabalho mal feito. À uma e meia da matina já a jingla estava assim.


Depois

Hoje, a passar um bocado das 10:30 eu, o Mané, o Sérgio e o Sílvio começamos na estação em direcção à picada que vai para o Barrocal a passar na Cabreira. O Sérgio já à meio ano que não andava fartou-se de dizer mal da vida dele.


Sérgio a implorar ao Mané um bocadinho de água.


Descida a seguir ao Barrocal

Do Barrocal descemos em direcção ao Tintinholho para fazer aquele espectacular singletrack. Prometo que um dia destes abdico de gozar esse trilho e paro a meio para tirar umas fotos para aqui deixar.
Ainda decidi inventar e amarrar a maquina fotografia ao guiador com intenção de fazer um filmezito com a maquina fotográfica do singletrack, mas ainda tenho de arranjar uma forma melhor de fixar a maquina. De qualquer maneira fica aqui o teste efectuado no caminho antes de entrar no singletrack:



E algumas fotos que tirei no fim do singletrack do Tintinholho.




Daqui subimos para a Guarda e cada desceu para sua casa.
Foram mais uns 20 e tal Kms.

Amanhã supostamente também iria andar, na Serra da Gardunha com o Mané e com o Valdemar, mas o Valdemoço acabou de telefonar a dizer que estava adoentado e então desmarcámos. Agora pedalar ... só depois de amanhã (sábado no passeio pela Serra do Marvão no Alto Alentejo).

É bom estar de férias .........






sábado, dezembro 23, 2006

Ir virar ao Fragusto

O estar de férias origina a que até mesmo as voltas mais comuns que se dão pela cidade mais alta, tenham direito a relato! Mas também não é por menos, pois apesar de gostar de conhecer melhor outros cantos do nosso Portugal, a Serra da Estrela é dos locais onde mais gosto de pedalar.

Hoje foi dia de ir virar ao Fragusto.



Quando BTTisticamente aqui pela Guarda se fala em ir virar ao Fragusto, significa que a voltinha nos leva para o meio da Serra da Estrela e que um dos locais de passagem é a Quinta do Fragusto.
Esta zona é uma das muitas zonas em que com o João Luís, Vicente ou Coelho me habituei e passar.
Tinha combinado com o Mané de hoje ir dar uma volta para aqueles lados, mas dado que estamos os dois de férias combinamos sair sem pressas a meio da manhã.
Estes últimos dias tem estado tanto frio aqui pela Guarda, de noite tem caído cada geada que pensei duas vezes antes de levar as minhas únicas luvas de BTT (que são de Verão e além de alguns buracos já deixam três dedos de fora). Foi assim que antes de ir ter com o Mané, passei numa loja de bicicletas aqui na Guarda à procura de umas luvas, mas ...... esquisito que sou com as luvas, nenhuma me agradou. Resultado, continuei com as mesmas!!!

Às 11:00 estava já com o Mané no cruzamento da Ti Jaquina, passámos na loja do Coelho para meter nojo e ...... seguimos viagem.

Tomamos a direcção do Hospital Sousa Martins, atravessamos o parque em direcção à prisão e aí entramos em terra batida. Junto ao cemitério novo virámos para a direita e descemos para a Barragem do Caldeirão pelo caminho que passa por dentro de Maçaínhas.

Junto a uma das muitas quinta que existem no vale da ribeira do caldeirão apanhamos o caminho de terra batida que se costuma fazer na Rota Azul do Clube de Montanhismo da Guarda para irmos em direcção ao alto de Famalicão da Serra.

Primeira passagem pela ribeira do cadeirão.


Um dos belos caminhos do vale e segunda passagem da ribeira do caldeirão.


Caminhos muitas das vezes gelados.

Chegados ao alto de Famalicão onde o caminho de terra que trazíamos vai ao encontro do cruzamento da estrada nacional que liga a Guarda a Manteigas com a estrada que vai para Fernão Joanes, Meios e Trinta, decidimos aqui comer a primeira merenda.

Cruzamento com o alcatrão.




As vistas durante o almoço.


Quando a fome é negra ....


Com a mochila mais leve, começamos a subir em direcção ao planalto. A parte que considero mais complicada em termos de desnível (no sentido do Fragusto) estava quase ultrapassada.


Mané, na subida.



Alguns disparos em andamento, durante a subida.

Antes de passar pelo cruzamento que vai para Fernão Joanes paramos para recuperar o fôlego e contemplar a bela paisagem que o dia nos proporcionou.



Paisagem sobre o vale do Rio Zêzere.




Mais paisagem ....

Continuando e já quase a chegar à Mata do Fragusto, por engano, decidimos sair do caminho e acabamos por subir ao marco geodésico (Serra de Bois) a Norte da Quinta do Fragusto. Tentamos daqui apanhar o caminho de terra que sobe de Valhelhas para o Fragusto, mas em vão. A solução foi voltar uns 500 metros atrás e descer um vertiginoso corta-fogo que acabava no caminho mesmo ao lado da quinta.

Junto ao marco geodésico a tentar encontrar saída.


Descida para o Fragusto.

Já na quinta e fizemos contas às horas de luz e decidimos que em vez de descer para Valhelhas retomaríamos o sentido Guarda já que parte iríamos fazer por um caminho diferente.




Fragusto.

Retomando o caminho principal que atravessa aquele planalto, passamos pelo local onde fizemos o desvio e mais à frente viramos para o caminho que nos levou a Fernão Joanes.

Se o dia nunca esteve quente e andámos certamente nunca acima dos 5 graus, assim que o Sol nos disse adeus o corpo começou a ressentir-se com o frio. Nestas alturas é preferível subir que descer, pois nas descidas arrefece-se bruscamente, ainda por cima quando as luvas não são as mais adequadas.






A caminho de Fernão Joanes


Um bocadinho a penantes para aquecer os pés.

Antes de Fernão Joanes, aproveitando a ultima réstia de Sol paramos para comer mais qualquer coisa. De Fernão Joanes, fomos até aos Meios e acabamos por descer novamente para a barragem do caldeirão pela Corujeira.

A ultima subida estava mesmo à nossa frente. Uns 3 ou 4 Kms ligam o vale da barragem do caldeirão, da carreira de tiro já no planalto da cidade da Guarda. Quando passamos novamente o estabelecimento prisional já se podia dizer que era mais noite do que dia.


Não sei se se vê, mas o Mané está na foto!

Mas aqui por estes lados toda a boa volta, só é boa volta quando se passa pela torre de menagem (o ponto mais alto da Guarda). É como se fosse a cereja em cima do bolo. Não indo lá é como se ficasse parte do caminho por fazer. Juntar o recuperar o fôlego ao prazer de vislumbrar esta paisagem é sem dúvida um bom atractivo.


Sé da Guarda à noite, vista da torre de menagem.

A partir daqui daqui para casa de qualquer um é sempre a descer. Mas para mim por mais incrível que pareça foi a parte que mais me custou. Já não ia muito quente e acabei por arrefecer na descida de tal forma que não sentia a ponta dos dedos das mãos. Já não me lembro da ultima vez que sofri assim com o frio. Ao chegar a casa primeiro que o formigueiro das mãos desaparece-se e eu consegui-se tirar as chaves para abrir a porta, não foi tarefa fácil, nem rápida.
Resumindo, apesar do frio foram 60 Kms muito bons a um ritmo digno de umas férias de Natal em gozadas.
A próxima volta!??! Amanhã é dia de trocar tudo o que é transmissão da bike do Mané. Talvez para a semana se combine uma voltinha na terça ou na quarta e quem sabe o passeio pelo Marvão no dia 30 de Dezembro para acabar o ano em beleza.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Entre Alvaiade e Gavião


Começo com esta foto do David. Isto para dizer a pedido de várias famílias, tenho-me esforçado por efectuar durante os passeios, maratonas, voltas e voltinhas, vários registos fotográficos para aqui os deixar.



Aproveitando estas férias de Natal eu, o Mané e o David combinamos o passeio de hoje para os lados de Vila Velha de Rodão.
Fizemos a volta nas calmas, ao ritmo de um passeio bom para apreciar a paisagem.
As 9:30 eu e o Mané já estávamos à porta do David em Castelo Branco. Montámos o suporte da bicicleta no carro do David, tomámos um cafezito com o pai do David e passámos por uma loja de bicicletas para comprar umas luvas e mais algumas coisitas.


Vista sobre o Rio Ocreza

Rumámos então a Vale de Cobrões local onde iríamos começar a pedalar.
Começámos por dar uma voltinha à aldeia para aquecer, parámos numa fonte para encher as mochilas com água e toca a subir monte.


Inicio da subida


David


Mané

Após um metros de desnível vencidos já dava para apreciar as vistas. Desde as eólicas da Sertã, Castelo Branco e ao fundo no vale o Rio Ocreza.
Já na crista deste monte, seguimos o estradão de terra batida que nos levava a uma eólica que estão ali a instalar.

David e Mané no estradão


Eu


Estradão da crista

Junto à eólica paragem para neste ponto mais alto da zona dar uma olhadela para as vistas.


Torre Eólica


Rio Ocreza e ao fundo as eólicas da zona da Sertã


A aldeia onde começámos a pedalar


Ao fundo Castelo Branco


Atravessar as pás das eólicas para continuar o caminho

Voltando ao pedal e começámos a descer um caminho tão escavacado que fez lembrar o da face Sul da Serra da Gardunha que desce da vigia para a casa do guarda. Felizmente aqui ninguém esmurrou os cromados.

Fim da descida

De novo no vale ao lado da ribeira de cobrões (penso eu), apanhámos a estrada municipal que descia para a Foz de Cobrões já junto ao Rio Ocreza.
Aqui decidimos procurar sitio ao sol para comer a sandocha. Nada melhor do que junto ao Rio Ocreza na praia fluvial.


Praia Fluvial de Foz de Cobrões


A "hora da sandes"


As burras a descansar

Restabelecidas as forças começámos a subir rumo a um percurso pedestre que estava marcado a meia encosta ao lado do Rio Ocreza.


Marcações do trilho


Inicio do trilho

Eis que o pedal do David dá o berro de vez! Sem chave de bocas para apertar encontramos um senhor a apanhar o resto do sol de tarde que nos arranjou uma carrada de chaves para nos desenrascar. Mas uma folga, possivelmente "mal curada" e quando queríamos apertar o pedal no braço da pedaleira, já não encontrámos rosca.


Onde está a rosca?

Decidimos alterar os planos e fazer o regresso ao local dos automóveis.
Ainda com três horitas de luz pegamos nos carros e fomos até uma zona que eu estava desejoso de ver ao vivo, mas que nunca tinha surgido a oportunidade, as portas de Rodão e o Castelo do Rei Wamba.


Momento artístico durante a viagem
(autor: Mané)


Castelo do Rei Wamba


Castelo do Rei Wamba


Castelo do Rei Wamba


Portas de Rodão

Portas de Rodão


Os bolides à espera